Usar palavras corretas e amorosas, escutar os filhos e compreender seus sentimentos, deixar um legado positivo para que passem adiante e respeitar e amar o próximo. Esses foram alguns pontos abordados na primeira oficina virtual da semana “Herói e parceiro: o pai do século XXI”, promovida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), em comemoração do Dia dos Pais, a ser celebrado no próximo domingo, dia 8 de agosto.

Até sexta-feira, dia 6 de agosto, magistrados e magistradas, servidores e servidoras, colaboradores e colaboradoras e estagiários e estagiárias da 1ª Região poderão acompanhar quatro oficinas virtuais sobre temas como Educação Financeira, relação entre pais e filhos, churrasco em casa e vinhos.

A oficina desta terça-feira, dia 3 de agosto, com o tema “Pai e filhos: Palavras que edificam e o equilíbrio das relações”, foi ministrada pelo mentor comportamental Ricardo Carvalho, com transmissão pelo Teams.

Na abertura, a chefe da Assessoria de Relações Públicas e Cerimonial (Asrep) do TRF1, Juliana Espíndola Guerreiro, informou que o evento é uma ação do Grupo Executivo IV do Plano de Logística Sustentável do Tribunal (PLS-TRF1). O objetivo é levar qualidade de vida ao ambiente de trabalho.

“Para escolher esse tema, nos baseamos em uma frase que é muito pertinente para o momento em que a gente está passando: A autoestima dos nossos filhos lhes abrirá mais portas que as notas escolares. Então, não basta ser apenas o herói do filho, tem que ser parceiro também”, comentou Juliana.

Oficina - Iniciando a oficina, Ricardo Carvalho destacou a importância de interagir com os filhos da melhor maneira possível, com diálogo e conversa para gerar um legado e deixá-los mais preparados para as coisas que vão enfrentar na vida.

O mentor comportamental provocou a reflexão dos pais com o seguinte questionamento: Você escuta o seu filho para respondê-lo ou compreendê-lo? Para ele, a maioria dos pais apenas escuta e responde, mas não dialoga e compreende o filho. “Com essas respostas estou ensinando meu filho? Estou fazendo com que meu filho aprenda como ser humano? Hoje pecamos muito por responder nossos filhos e não os compreender”, lamentou Ricardo.

Ele observou, também, que nossos pais não acertaram em tudo na nossa educação e criação, mas que devemos perdoar e tentar fazer o melhor com nossos filhos, para não repetir erros que nos trouxeram problemas e inseguranças, como falas que diminuem a autoestima das crianças e incompreensão dos sentimentos.

A oficina ressaltou pontos como o legado que estamos deixando para os filhos; as dimensões da vida e como equilibrar os alicerces que sustentam essas dimensões; a complexidade de criar um filho; a distinção entre pai presente e pai ausente; a preservação da integridade física espiritual e emocional dos filhos e como melhorar as relações.

Nesse sentido, o mentor comportamental¿propôs uma atividade para os participantes: a criação do Brasão da Vida, onde cada um colocaria o nome que gosta de ser chamado pelo filho, a frase que quer deixar como legado, a palavra e o valor que gostaria que seu filho associasse ao pai, valores mais importantes, o momento marcante na vida como pai e a definição de uma visão de futuro que ele quer como pai.

“A gente tem dificuldade de expressar nossas emoções e se sente vulnerável em fazer isso. O Brasão da Vida é o que a gente gostaria de passar adiante para nosso filho. O maior desafio da paternidade não é gerar uma vida, mas deixar um legado para uma pessoa que não pediu para vir a este mundo. Você tomou essa decisão e a responsabilidade é sua para deixar uma história bonita para ele”, afirmou Ricardo.

Para ele, o maior legado que podemos deixar para os filhos é que a vida deve ser bem estruturada, passando sentimentos de amor, força, respeito e uma série de valores que são essenciais para a convivência humana. “Somos elos sociais e é essencial entender que as relações entre as pessoas têm que ter respeito, confiança e amor”, ressaltou.

Melhorar a relação - Para melhorar a relação entre pais e filhos, Ricardo Carvalho afirmou que é importante demonstrar um amor verdadeiro e fazer com que o filho se sinta amado. “Isso não é somente dizer que se ama, mas abraçar com ternura, falar palavras de sabedoria, prestar atenção no seu filho. Ame incondicionalmente, não cegamente”, considerou.

Segundo o mentor, também é preciso estar 100% presente quando estiver interagindo ou fazendo alguma atividade com o filho, pois, dessa forma, ele vai se sentir amado, valorizado e realizado.

Além disso, observou que é preciso ter ações coerentes com o discurso e citou uma frase sobre o que reflete exatamente isso: O que tu fazes ecoa tão alto que não consigo escutar suas palavras. “Se a sua ação é uma e o seu discurso é outro, você é uma pessoa incoerente”, enfatizou.

Ricardo explicou, ainda, a “Regra dos 15 Minutos”, criada pelo coaching Márcio Micheli, que ajuda pais e filhos a se sentirem conectados e a desenvolverem uma relação mais profunda e duradoura. A técnica busca a construção de uma base firme para que o filho seja um adulto mais feliz e bem-sucedido no futuro.

De acordo com o coaching, as coisas mais importantes que armazenamos em nossa memória em longo prazo são as últimas que tivemos ao fim do dia. Então, a regra é a seguinte: todo dia, antes de dormir, durante 15 minutos, o pai vai se sentar com o filho, conversar sobre como foi o dia dele, perguntando o que foi feito naquele dia para que o filho se sentisse amado.

“Dentro daquilo que ele responder, você vai reforçar esse sentimento. Por exemplo, se seu filho disser que adorou que você estudou com ele, você vai falar que se sente útil em poder ajudar em ver que ele está crescendo e aprendendo. Assim, você reforça o sentimento que o seu filho tem em relação àquilo que você fez e expressa que aquilo também é importante para você”, explicou o mentor.

A programação da semana continua nesta quarta-feira, 4 de agosto, com a oficina “BBQ em casa: a costela perfeita”, com o gastrônomo e especialista em churrasco texano Lucas Parente.

PG/LS

Assessoria de Comunicação Social
Tribunal Regional Federal da 1ª Região