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03/07/2017 09:04 - INSTITUCIONAL

Suicídio na adolescência é tema de mesa redonda na Justiça Federal da 1ª Região

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) realizou, na última quinta-feira, dia 29 de junho, uma mesa redonda com o tema “Suicídio na Adolescência”. A ação aconteceu em Brasília/DF e reuniu especialistas das áreas de Psicanálise, Psicologia e Psiquiatria para falar sobre o assunto. Servidores de diversas unidades do órgão compareceram ao evento, que lotou o Plenarinho do Anexo I do Tribunal.
O psiquiatra Thiago Blanco, um dos especialistas convidados, parabenizou o TRF1 pela iniciativa e agradeceu ao órgão pela oportunidade. “O suicídio é sem dúvida um tema que precisa ser debatido devido ao seu grande alcance”, ressaltou. Ele destacou que o a Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou que a partir de 2020 mais de um milhão e meio de pessoas cometerão suicídio a cada ano. Também reforçando a importância desse tipo de encontro, a psicanalista convidada Lúcia Eugenia afirmou que o objetivo do encontro foi promover reflexão e esclarecimentos sobre temas que afetam a todos nós, não só aos adolescentes.
Dentre os assuntos trazidos para discussão, os servidores presentes puderam conhecer muitos dos aspectos particulares do suicídio no contexto da adolescência, fase entendida como delicada e complexa. Alguns dos pontos destacados foram: o processo de grandes transformações vivenciado nesse período da vida; a variabilidade das experiências de cada indivíduo e o conflito com a noção da própria imagem e da identidade pessoal, além de aspectos biológicos próprios da adolescência.
O papel da família e dos vínculos sociais foi outro grande tema ressaltado na mesa redonda. Segundo Thiago Blanco, o suicídio é uma das condições mais contagiosas da medicina e, às vezes, basta uma única relação social efetiva para proteger o indivíduo do ato de tirar a própria vida. “É preciso garantir um suporte social adequado e fortalecer os vínculos das boas amizades, especialmente aquela entre os pares, entre aqueles que os adolescentes consideram como iguais”, asseverou o especialista.
O evento abordou também fatores de risco do suicídio que estão relacionados às relações parentais, dentre eles: a negligência ou o excesso de controle; a pouca confiança e má comunicação entre pais e filhos; a sensação de alheamento que o adolescente pode experimentar em relação aos pais e, ainda, uma lacuna geral de intimidade e amizade na família.
A psicóloga Daniela Yglesias, também responsável por uma das palestras do evento, afirmou não existe uma ordem obrigatória de procura dos profissionais; pode ser primeiro o psicanalista, o psicólogo, o psiquiatra, mas também o contrário. Nem sempre as pessoas sabem a quem recorrer imediatamente, mas o importante é buscar ajuda.
Para a servidora Rosa Lara, lotada no gabinete do desembargador federal Francisco Neves da Cunha, os profissionais se mostraram muito capacitados e a palestra deveria ter uma duração maior. Já a servidora Adriana Machado, da Seção de Recrutamento, Seleção e Colocação de Pessoal (Sesel), destacou que o tema permeia a preocupação de todos. “Tabus devem ser enfrentados para desmitificar conflitos internos”, defendeu.
A mesa redonda foi iniciativa da Divisão de Saúde Ocupacional (Disao), organizada pela Seção de Promoção da Qualidade de Vida no Trabalho (Sevid), que faz parte da Secretaria de Bem-Estar Social (Secbe). A diretora da Secbe, Ionice Ribeiro, responsável pela abertura do evento, agradeceu a todos pela presença no debate.

Assessoria de Comunicação Social
Tribunal Regional Federal da 1ª Região


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