Na última sexta-feira, dia 23 de junho, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) deu início a mais uma edição do evento “Café com Conhecimento”, apresentando o primeiro painel do ano, que aconteceu no Espaço Pontes de Miranda, na sede do órgão, em Brasília/DF. O tema do encontro foi “Conhecimento Crítico como Forma de Retenção e Disseminação dos Processos de Trabalho”, em que foram apresentados diversos conceitos sobre o assunto e realizada dinâmica com os participantes e compartilhamento de experiências exitosas, disponibilizado tempo para debate e outras atividades.
O evento, transmitido ao vivo para todas as seccionais, foi organizado pelo Centro de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento dos Servidores da 1ª Região (Cedap) com o objetivo de divulgar os aspectos práticos da implementação da Gestão do Conhecimento no âmbito da Justiça Federal da 1ª Região (Tribunal, Seções e Subseções judiciárias). A mesa de honra foi composta pelo juiz federal Waldemar Cláudio de Carvalho, da Seção Judiciária do Distrito Federal (SJDF), responsável pela apresentação do case “Selo Estratégia em Ação - categoria Diamante”; pelo professor especialista em Gestão do Conhecimento e Inovação Fernando Fukunaga, responsável pela apresentação do painel sobre conhecimento crítico e, ainda, pelo analista judiciário da Secretaria de Gestão Estratégica e Inovação do TRF1 José Roberto Ferretti, doutor em Ciência da Informação e mediador do evento.
O diretor da Cedap, Márcio da Silva Albuquerque, avalia de forma positiva a realização da 2ª Edição do “Café com Conhecimento”, que desde o ano passado promove encontros para troca de experiências entre especialistas e colaboradores da Justiça Federal em quatro painéis, divididos ao longo do ano e que acontecem sempre às sextas-feiras. Para o diretor, é possível observar uma evolução na participação dos servidores. “Apesar de muito lento, nós percebemos o aumento no interesse e, principalmente, no desejo de colaborar, que é mais importante”, afirma. “A adesão às propostas da gestão do conhecimento tem sido mais perceptível entre as seccionais e no âmbito do Tribunal”, ressalta.
Márcio Albuquerque reforça que o número de inscritos ultrapassou o número de vagas e que a realização dessa nova edição cumpriu bem as expectativas. “Houve uma melhora na nossa organização para aprimorar a qualidade do evento, o que também é bastante positivo”, conclui.
Já a servidora Alessandra Bragança dos Reis, lotada na 8ª Vara da SJDF, presente no encontro, destacou a relevância desse tipo de evento para a melhoria da prestação jurisprudencial. “É sempre bom vir aqui e poder ampliar a nossa visão sobre o que outras unidades estão promovendo e colher o que há de mais legal em cada uma para procurar aplicar onde nós atuamos diretamente”, afirma a servidora, que participou integralmente da edição do “Café com Conhecimento” do ano passado. A servidora Wânia Marítiça, diretora da Secretaria de Gestão Estratégica e Inovação (Secge), também elogiou o evento. “É muito interessante, e acredito que, apesar de ficar com a sensação de que o tempo é muito corrido, o “Café com Conhecimento” cumpre sua tarefa de despertar nos participantes o interesse pelos temas abordados”, ressalta. “Não é a primeira vez que compareço a um painel deste evento e sempre saio com vontade de pesquisar, ler, estudar mais sobre o assunto”, conta.
A edição do “Café com Conhecimento” deste ano foi patrocinada pela Caixa Econômica Federal e pela Sicoob Judiciário.
Painel - O mediador José Ferreti iniciou as atividades apresentando os dois palestrantes do dia, a começar pelo responsável pelo painel, Fernando Fukunaga. Ele agradeceu ao painelista pela presença, destacou as especializações do palestrante no assunto em discussão e falou sobre a importância dos conhecimentos do convidado para o melhor entendimento dos trabalhos realizados na Justiça Federal da 1ª Região.
Primeiramente, Fernando Fukunaga agradeceu ao Tribunal pelo convite e apresentou aos participantes uma série de conceitos a respeito da gestão do conhecimento, valorizando a possibilidade de se analisar a questão sobre várias perspectivas, especialmente aquela que discorre sobre o conhecimento na gestão organizacional. Ele tratou, ainda, das diversas distinções entre os conceitos e as abordagens variadas que podem ser adotadas em cada ambiente de trabalho. “No momento da gestão é que se percebe a importância de se entender os conceitos e se compreender a diferença entre eles”, afirmou.
O painelista promoveu uma dinâmica com os presentes, pedindo que estes descrevessem seus setores de trabalho conforme uma série de noções próprias à gestão do conhecimento, o que foi bem recebido pelos participantes.
Ao término do painel, foi oferecido um lanche de confraternização enquanto o violinista Levi Marques Sobrinho, estagiário da Cedap, foi o responsável pelo intervalo musical com repertório variado.
Case - Logo após o intervalo, o juiz federal Waldemar Cláudio de Carvalho deu início à apresentação do case “Selo Estratégia em Ação - categoria Diamante”. Ele parabenizou o palestrante Fernando Fukunaga pela explanação teórica do assunto, e expressou ter sido o evento um suporte para todas as questões práticas que o magistrado trouxe aos presentes. “Ressalto aqui não trazer nada novo, mas, principalmente, pretendo mostrar o bom trabalho que foi possível realizar graças ao compartilhamento com pessoas já experientes, que muito acrescentaram a tudo que foi realizado na nossa Subseção”, afirmou o juiz, que reforçou: “Sempre procurei copiar as boas práticas”, disse.
O case apresentado pelo magistrado foi fundamentado, principalmente, em diversos relatos de casos e práticas vivenciados por ele ou por outros juízes com os quais teve contato ao longo dos anos. “Ao vir para a magistratura, percebi a necessidade de enfrentar essa realidade diferente, na qual é preciso gerir pessoas, além da enorme dimensão da quantidade de processos”, relatou.
Diante disso, o juiz federal Waldemar apresentou diversos métodos e estratégias que o magistrado vê como importantes para serem levadas na prática jurisdicional. Entre elas, ele destacou a identificação de gargalos (congestionantes e burocráticos); a necessidade de se estabelecer planos, elegendo prioridades no serviço; o valor do trabalho em equipe; a necessidade de se traçar estratégias, assumindo uma batalha de cada vez; o dever de “guarnecer a retaguarda”, que seria assumir a posição não de um chefe, mas de um líder e, ainda, de se manter vigilância constante para que os bons hábitos não se percam ao longo do tempo.
Entre os pontos de maior destaque durante a apresentação do case, o magistrado ressaltou a importância do trabalho em grupo. “Nossa função (juiz) é praticamente impossível de ser realizada de forma individual”, afirmou. Para ele, a eficiência só é possível, também, com um bom grupo de trabalho. Waldemar disse, ainda, que um dos principais desafios é o de manter todos sempre motivados, com ânimo. “Devemos lembrar sempre que o fim da nossa atividade é a solução de conflitos, é a garantia de direitos do cidadão”, asseverou. “Se sonhamos com países que possuem uma resposta jurisdicional efetiva célere, devemos procurar fazer do nosso local de trabalho essa resposta”, concluiu.
Antes do encerramento, foi aberto um espaço para debates, e os presentes, tanto os no Tribunal quanto os que assistiram ao evento por videoconferência nas seccionais, puderam fazer perguntas aos palestrantes.

Assessoria de Comunicação Social
Tribunal Regional Federal da 1ª Região