Na manhã desta quinta-feira, dia 16, durante o terceiro dia da I Jornada de Direito Ambiental da Esmaf, em Macapá/AP, foi proferida a palestra “Proteção dos mananciais de águas remanescentes e fragmentos florestais nas capitais da Amazônia como unidades de conservação especialmente protegidas”.

O palestrante Serguei Aily Franco de Camargo, coordenador do programa de pós-graduação em Direito Ambiental da Universidade do Estado do Amazonas, abordou a questão das nascentes d’água que restaram em ambientes urbanos e a vegetação localizada no entorno dessas nascentes. “O problema é que essas áreas não são protegidas, não são respeitadas na prática, apesar do interesse ecológico e da importância delas para qualidade de vida nos grandes centros, principalmente na região Norte do Brasil”, apontou Serguei.

Segundo ele, a falta de cuidados com esses mananciais e com a vegetação que os circundam geram problemas ambientais, como a poluição. “Existe uma legislação específica para a proteção dessas áreas, tanto no nível federal, quanto no estadual e no municipal, nas esferas civil, administrativa e penal”, explicou o professor.

Seguei Aily mostrou à plateia a realidade da cidade de Manaus/AM, que, de acordo com ele, possui muitas dificuldades com esse tipo de proteção. Um dos casos apresentados foi o da área verde que restava nos limites da Universidade Federal do Amazonas. “Esse espaço foi invadido, quase que por inteiro, e hoje é um dos bairros mais conhecidos da cidade, mas essa área está degradada”, afirmou.

Outra ocorrência apresentada pelo palestrante foi a dos parques que protegem o igarapé do Mindu, também em Manaus. “Esses parques estão bastante degradados; eles possuem o primeiro corredor ecológico urbano do Brasil que ligaria várias unidades de conservação municipais no intuito de preservar esse sistema do igarapé, mas a própria Prefeitura de Manaus está fazendo uma obra viária que está cortando esse corredor ecológico”, disse Serguei.

A palestra do professor seguiu com mais explicações a respeito das intervenções antrópicas, aquelas provocadas pelo homem, no meio ambiente.

Assessoria de Comunicação Social