Crédito: Crédito: Renata Fontes/Ascom-TRF1

Servidores do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) participaram, nessa quinta-feira, 10 de outubro, do workshop “Automação de Processos de Trabalho”. A iniciativa foi uma parceria entre a Secretaria de Governança, Gestão Estratégica e Inovação (Secge) e a empresa Sonda, do ramo de tecnologia.

O objetivo da apresentação foi propagar ao corpo funcional do TRF1 novo ambiente de negócios, que permite celeridade no cumprimento dos procedimentos administrativos e judiciais por meio da Inteligência Artificial (IA) com a criação de robôs softwares. Todo esse processo conferirá maior eficácia e eficiência na execução dos serviços jurisdicionais prestados na esfera da Primeira Região.

Evaldo Del Valle, executivo da Sonda, iniciou sua apresentação discorrendo sobre o aumento da capacidade de processamento de informações ao longo dos anos. Falou também do uso da força de trabalho digital e da híbrida, a qual terá servidores e robôs softwares trabalhando juntos e proporcionando economia de tempo na realização de tarefas repetitivas.

Durante apresentação técnica, Carlos Martins, diretor de Excelência de Clientes da Blue Prism, empresa que cria softwares de automação de processos robóticos corporativos, mostrou a facilidade de implantação da automação robótica no contexto do Judiciário, mapeando objetos, atividades, caminhos seguidos e sistemas, reduzindo, assim, o esforço e diminuindo o tempo gasto na realização de uma tarefa.

Segundo José Ferretti, supervisor da Seção de Análise e Melhoria de Processos de Trabalho (Seamp), o evento surgiu como reflexo do que o mercado provoca nos tribunais. “As tecnologias estão batendo à porta do Judiciário. Os advogados trabalham com seus celulares o tempo todo, as partes estão ligadas à internet, e nós precisamos lidar com esse conteúdo digital de forma moderna e tecnológica. O evento vem trazer uma provocação aos secretários do Tribunal e ao Judiciário para encontrarem uma solução tecnológica para a sociedade. Precisamos levar essa ideia de transformação digital para todos os segmentos da Justiça, desde os magistrados até a área operacional”, ressaltou Ferretti.

Parceria TRF1 e UnB - Na ocasião, foi destacada uma parceria entre o TRF 1ª Região e a Universidade de Brasília (UnB) com o intuito de desenvolver um sistema capaz de atender às necessidades do Tribunal quanto à celeridade processual.

Citando a digitalização do acervo físico da Corte, iniciada em maio deste ano e com previsão de conclusão até o fim de 2020, a secretária judiciária do TRF1, Gisele Metello de Mattos, explicou que “após a finalização da digitalização dos processos será possível a criação de um robô software, que será desenvolvido pela a UnB especificamente para o TRF1, permitindo um salto quantitativo e de qualidade para a prestação jurisdicional”.

Além disso, o órgão conta com um projeto de automação em andamento, na fase administrativa legal, chamado ALEI (Análise Legal de Inteligência), que será desenvolvido por professores e alunos do Grupo de Pesquisa em Aprendizado de Máquina (GPAM).

O ALEI será entregue em três etapas. Primeiramente, ele identificará o que existe de semelhante na jurisprudência. Depois, reconhecerá, dentro do gabinete, o que há de decisões semelhantes relacionadas a um mesmo assunto. Por fim, o sistema indicará, dentro do gabinete, decisões semelhantes julgadas pelo respectivo desembargador. “O principal objetivo da automação será integrar e entregar sugestões diminutas de relatórios”, concluiu Gisele.

Assessoria de Comunicação Social

Tribunal Regional Federal da 1ª Região