O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) promoveu, no dia 22 de maio, o segundo Workshop de Desenvolvimento Colaborativo de Modelos de Inteligência Artificial que reuniu magistrados e servidores do Poder Judiciário na sede do órgão em Brasília. A iniciativa tem o objetivo de apresentar a ferramenta Sinapses e mostrar como a plataforma está inserida no Laboratório de Inovação para o Processo Judicial em meio Eletrônico (Inova PJe). O primeiro workshop foi realizado no dia 19/5.
O Sinapses é uma ferramenta de Inteligência Artificial (IA) desenvolvida por servidores do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO) e incorporada, por meio do Termo de Cooperação Técnica nº 42/2018, ao Centro de Inteligência Artificial aplicada ao PJe do CNJ. A finalidade da plataforma é auxiliar no desenvolvimento de modelos de inteligência artificial para aprimorar o serviço prestado pelo Poder Judiciário.
Segundo o técnico Mikael Araújo, um dos desenvolvedores da ferramenta, o objetivo é mostrar a potencialidade do Sinapses como uma plataforma para o desenvolvimento de modelo de IA. “Apresentamos a ferramenta e as possibilidades que ela possui. Os tribunais interessados em utilizá-la poderão submeter projetos e desenvolver os modelos de IA no Sinapses com foco em automatização do PJe”, explicou.
Desde a extração de dados ao treinamento e aplicação dos modelos de IA, o Sinapses disponibiliza serviços que otimizam realização de tarefas repetitivas (automação), predições, agilização do andamento processual, além de conferir maior segurança. Participante do workshop, o juiz substituto na 1ª Vara do Trabalho de Mogi das Cruzes (SP), Gustavo Soares, ressaltou que o CNJ está apresentando uma maneira de otimizar as atividades de análise e auxílio à tomada de decisão por parte dos magistrados, “seja na condução do processo ao longo de suas fases, seja no próprio processo de decidir”.
Soares destacou que a IA não deve substituir a atividade humana, pois o processo de julgar é essencialmente humano e nunca será reduzido a algoritmos. “Diante do volume de serviço, é preciso possibilitar que os juízes e servidores possam produzir mais e melhor. A IA ajudará muito no andamento dos processos ao fazer a parte repetitiva, triagem e separação. Isso permite que quem for trabalhar na atividade-fim gaste menos tempo nas atividades-meio e dê maior atenção ao caso concreto”, declarou.
A apresentação feita pelo CNJ trata do que há de mais avançado e atual na área de tecnologia, conforme avaliação do juiz do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) Rafael Leite Paulo. “As plataformas eletrônicas possibilitam a tramitação célere do processo, além de melhor aproveitamento da força de trabalho. Dessa forma, podemos resolver problemas históricos como a falta de celeridade da prestação jurisdicional”, avaliou.
Os próximos workshops estão agendados, um para o dia 5 de junho, para este as vagas estão esgotadas, e outro para dia 19 de junho, com inscrições disponíveis aqui.
Com informações do CNJ.
Assessoria de Comunicação Social
Tribunal Regional Federal da 1ª Região