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Na última sexta-feira, 26 de outubro, o TRF1 realizou a entrega dos livros que foram arrecadados durante a campanha “Ler Liberta - Doe conhecimento” para compor a biblioteca da Penitenciária Federal de Brasília, inaugurada no último dia 16.

Mais de 2 mil livros foram arrecadados durante a campanha, que ocorreu de 24/09 a 15/10/18. Desse quantitativo, mil deles puderam ser destinados à penitenciária de segurança máxima. Isso porque as obras literárias passaram por uma triagem realizada pela Divisão de Gestão da Informação e Biblioteca (Digib). “Nós fizemos a seleção conforme orientação do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e retiramos os livros com capa dura e conteúdo de violência e deixamos livros literários, de autoajuda, entre outros. A SJDF teve grande participação também nessa campanha e entregou cerca de 200 livros”, explicou a diretora da Digib, Marília Mello.

Apesar de todo o trabalho realizado no Tribunal, as obras ainda precisarão passar por análise da equipe do presídio, conforme explica a assistente social e chefe substituta da Divisão de Reabilitação da Penitenciária Federal de Brasília, Iracema Marinho: “vamos fazer uma triagem dos livros, todos passam pela segurança, vamos olhar cada folha do livro para ver se tem algum tema inadequado e só depois passamos para os presos”.

Atualmente, a Penitenciária Federal conta com três detentos integrantes de facções criminosas que passam 22h do dia dentro da cela e têm a opção de usar este tempo para ler. “Todas essas doações são muito importantes para nossas atividades já que nossos presos leem muito. E quando há essa diversidade, a gente pode oferecer mais para eles”, destaca Iracema.

Os outros mil livros que não puderam ser destinados ao acervo do presídio serão direcionados a outro projeto do Tribunal que incentiva a leitura, o “Liberte um livro”.

A penitenciária - A unidade de segurança máxima de Brasília é a quinta do país . Com 12.300 m² de área construída, ela conta com 208 celas individuais distribuídas em quatro blocos. Cada bloco é subdividido em quatro alas, com 13 celas cada. O projeto original prevê que todos os espaços sejam controlados por agentes penitenciários e por um circuito de câmeras, 24 horas por dia.

A unidade de segurança máxima abrigará presos condenados e provisórios sujeitos ao Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), líderes de organizações criminosas e réus colaboradores presos ou delatores premiados que corram risco de vida no sistema estadual.

As outras quatro penitenciárias federais de segurança máxima estão em funcionamento em Campo Grande/MS, Catanduvas/PR, Mossoró/RN e Porto Velho/RO.

Assessoria de Comunicação Social
Tribunal Regional Federal da 1ª Região