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05/11/2020 08:00 - INSTITUCIONAL

Evento da Comissão TRF1 Mulheres compartilha informações sobre câncer de mama

Manter o trabalho de conscientização quanto ao diagnóstico precoce do câncer de mama: esse foi um dos objetivos da Comissão TRF1 Mulheres ao realizar nessa quarta-feira, 4 de novembro, o “Webinário Outubro Rosa e Câncer de Mama”. O evento foi promovido em parceria com a Seção da Qualidade de Vida no Trabalho do Tribunal (Sevid/Disao/Secbe) e a Associação dos Juízes do Brasil (Ajufe) e coordenado pela desembargadora federal Gilda Sigmaringa Seixas, integrante da Comissão. A transmissão ocorreu pela plataforma Teams e pelo YouTube do TRF1, onde o webinário está disponível.

A desembargadora federal Daniele Maranhão, presidente da Comissão TRF1 Mulheres, abriu o encontro e ressaltou que, além de buscar isonomia e inclusão das mulheres no Tribunal, a Comissão se preocupa com o bem-estar delas e trabalha para mostrar que todas as mulheres devem ficar juntas na prevenção aos problemas de saúde. 

“Devemos estar cada vez mais atentas e trabalhar preventivamente. Nós estamos em novembro, mas o Outubro Rosa e esta ideia de prevenção são constantes”, afirmou.

A magistrada trouxe uma reflexão sobre doenças e emoções. “Além de cuidados físicos, é preciso se preocupar com o emocional. As pessoas adoecem e cultivam dores no coração. Dor não pode ser sentida para sempre. Dança, conversas com amigas, corrida no parque, momentos com Deus, sorrisos. Precisamos disso, não podemos calar nossas emoções”, aconselhou a desembargadora.

A desembargadora federal Gilda Sigmaringa, coordenadora do evento, também defendeu a criação de uma rede de apoio para além do Tribunal com o objetivo de incentivar ações e projetos que beneficiem as mulheres para o tratamento do câncer de mama. “Hoje no TRF1 todas as servidoras com mais de 40 devem fazer mamografia, embora a lei exija isso a partir dos 50. Mas o Direito Constitucional à saúde é para todos”.

Por isso, ela enfatizou: “A nossa comissão deve ultrapassar o âmbito do TRF1. Devemos trabalhar para que todas as mulheres tenham acesso à realização de mamografia e ultrassonografia, pois esses exames ajudam a detectar o problema no início. Temos que cobrar o começo do tratamento em até 30 dias após o diagnóstico, e não em 60 dias como diz a lei”, argumentou, sobre mudanças legislativas.

A magistrada incentivou que as pessoas acessem mais os sites do Poder Legislativo, onde há informações sobre projetos de leis que podem beneficiar os cidadãos. Segundo ela, atualmente, os PLs 25/19 e 265/20 apresentam propostas na área de saúde para as mulheres. “Nós temos que participar dessas decisões, pois nem todas as mulheres têm uma clínica para se tratar. Por isso, é necessária essa rede de apoio e o conhecimento dessas propostas”, observou.

AUTOEXAME E MEDICINA – Em seguida, a médica radiologista Janice Lamas fez uma apresentação falando sobre o diagnóstico e tratamento do câncer de mama. De acordo com ela, esse tipo de câncer, assim como várias doenças, está ligado também ao estilo de vida. Contudo, existem fatores de risco que precisam ser observados.

Conforme explicou Lamas, mulheres que nunca amamentaram, que menstruaram antes dos 12 anos, que têm a mama muito densa, que estão em processo de menopausa ou que já tiveram casos de câncer na família estão mais propensas à doença. A médica pontuou que o consumo de alimentos ricos em selênio, como a castanha, têm ação anticancerígena.

A radiologista também falou dos processos e formas de detectar a doença, inclusive a importância do autoexame. “Existem tumores que muitos exames não detectam, apenas os dedos pelo autoexame. Já a mamografia é um exame de alta sensibilidade e distingue os tumores malignos e benignos. A ultrassonografia aprofunda mais as imagens. A ressonância magnética gerou um avanço na verificação de mamas com silicone e câncer genético. Temos que ir do mais simples para o mais complexo. Temos que ter critérios”, detalhou. 

Janice Lamas finalizou sua palestra com a apresentação de um vídeo sobre inteligência artificial em equipamentos que podem detectar tumores. “A inteligência artificial expande as nossas capacidades, reflete padrões que escapam aos olhos, promove uma parceria entre humanidade e robótica. A melhor forma de se tratar o câncer de mama é com o diagnóstico precoce, pois são muitos fatores de incidência desse câncer, que é o que mais mata. E esses sistemas chamam a atenção para a imagem ajudando principalmente profissionais que estão começando”.

HISTÓRIAS DE SUPERAÇÃO – A servidora aposentada Solange Timo, do TRF1, e a servidora Theresa Rosa de Lima, da Subseção Judiciária de Patos de Minas/MG, compartilharam suas histórias e experiências com o tratamento do câncer de mama e mostraram como superaram a doença.

Solange Timo foi diagnosticada em 2011 e precisou fazer mastectomia (retirada da mama), além de quimioterapia e radioterapia. “Caminhamos para um tratamento mais adequado ao meu caso. Não é fácil, mas a evolução do tratamento ajuda a reduzir o sofrimento. O diagnóstico por si só já é impactante, e por isso é fundamental o apoio familiar e dos amigos. É um momento em que estreitamos nossa relação com Deus. Nossa fé fica aflorada para fortalecer a esperança. Os profissionais da saúde também ajudam bastante, percebi o envolvimento deles. Só quem já passou sabe a dimensão”, compartilhou.

O tratamento contra o câncer de mama de Theresa Rosa de Lima aconteceu há 15 anos. Ela conta que sempre teve hábitos saudáveis, e ao descobrir a doença ficou muito impactada. “A gente perde o chão. É importante a espiritualidade, a fé, o apoio da família. Parei um pouco os sonhos durante o tratamento. Fiz cirurgia para retirada do tumor e quimioterapia. Depois da doença continuei com meus projetos: passei no concurso que queria e segui minha vida. Não podemos pensar que não vamos conseguir, não podemos desanimar. É importante pensar que somos úteis, que não temos um problema paralisante. Eu tenho gratidão!”.

APS

Assessoria de Comunicação Social
Tribunal Regional Federal da 1ª Região 


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