Tribunais de todo o país se mobilizam contra o tempo para concretizar a instituição do juiz de garantias: em agosto deste ano (2023), o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou o prazo máximo de 24 meses para implementação desse mecanismo do chamado “Pacote Anticrime”.
Para dar uma resposta eficiente, rápida e exemplar, a Rede de Inteligência da 1ª Região (Reint1) e a Escola de Magistratura Federal da 1ª Região (Esmaf) promoveram um encontro formativo sobre a questão. A ação, reunindo dezenas de juízes e juízas federais, foi realizada na última terça-feira, 19 de setembro, em formato virtual.
O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Sebastião Alves dos Reis Júnior também compareceu à reunião da Rede, como ouvinte. Estiveram presentes ainda os desembargadores federais do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1): Carlos Augusto Pires Brandão, coordenador da Reint1; Gilda Sigmaringa Seixas, diretora da Esmaf; Maria do Carmo Cardoso, coordenadora do Sistema de Conciliação da Justiça Federal da 1ª Região (SistCon); Néviton Guedes, corregedor regional da 1ª Região; Daniele Maranhão; Marcus Bastos; e Roberto Carvalho Veloso.
O convidado da vez foi o titular da 3ª vara criminal da Seção Judiciária de Rondônia, juiz federal Bruno Hermes Leal. Ele tem experiência com o julgamento de ações envolvendo lavagem de dinheiro, organizações criminosas e crimes contra o sistema financeiro nacional. Também foram convidados a apresentar o desembargador federal Marcus Vinícius Reis Bastos, da 10ª Turma do TRF1, de competência criminal, e o juiz federal Saulo José Casali Bahia, da 11ª vara cível da Seção Judiciária da Bahia.
Na abertura do encontro, a desembargadora federal Gilda Sigmaringa Seixas contextualizou a questão com base no julgamento do STF das Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs). “O julgamento das ADIs 6298, 6299, 6300 e 6305 promoveu significativas alterações na fisionomia do juiz de garantias e fixou um prazo certo para sua implementação no poder judiciário. Portanto, é importante que nosso Tribunal e seus magistrados possam dialogar sobre o tema”, pontuou a diretora da Esmaf.