No dia 21 de janeiro, o Brasil celebra o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, uma data dedicada à promoção do respeito e à conscientização sobre a liberdade de crença, assegurada pela Constituição Federal. Instituída pela Lei nº 11.635, de 2007, a data foi escolhida em memória de Mãe Gilda, líder religiosa do Candomblé, que faleceu em 2000 após ser vítima de perseguição e ataques motivados por intolerância religiosa.

A intolerância religiosa é uma grave violação dos direitos humanos e atinge milhares de pessoas no Brasil. Dados do Disque Direitos Humanos (Disque 100) revelaram que, em 2023, foram registradas mais de 500 denúncias de casos relacionados à discriminação religiosa. No entanto, especialistas apontam que esses números podem ser subnotificados, já que muitas vítimas não denunciam por medo ou falta de acesso a mecanismos de proteção. Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha, 1 em cada 4 brasileiros afirma já ter presenciado ou sofrido atos de intolerância religiosa.

Além disso, um levantamento do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) destacou que cerca de 70% das denúncias de intolerância religiosa são contra religiões de matriz africana. O Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa não é apenas uma data para reflexão, mas um chamado à ação.

O respeito à diversidade é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e pacífica. Que esse dia nos inspire a valorizar as diferenças e a construir pontes de entendimento entre todas as crenças