O Laboratório de Inovação da Justiça Federal da 1ª Região (LabJF1) promoveu, na última sexta-feira, 1º de setembro, o encontro “Hub de Inovação - LabJF1”, que teve por objetivo o compartilhamento de ideias e práticas inovadoras na 1ª Região. A reunião ocorreu via Teams e contou com a participação da Divisão de Apoio do Processo Judicial Eletrônico (Dipje), que apresentou uma Interface de Programação de Aplicação (API) desenvolvida em parceria com a Divisão de Projetos de Sistemas (Dipsi), idealizada com o intuito de facilitar a comunicação dos demais sistemas da JF1 com o Processo Judicial eletrônico (PJe).

A coordenadora do LabJF1, juíza federal Maria Cecília De Marco Rocha, definiu o encontro como “um espaço virtual de difusão das inovações produzidas. Esse é o momento para apresentarmos soluções e para que interessados participarem do laboratório”, declarou.

Para falar sobre a Interface de Programação de Aplicação (API), foi convidado o supervisor de apoio à parametrização do PJe, o servidor Anderson de Sousa Peres, que explicou como funciona a API. “Muitos dos sistemas existentes na JF1 não interagem diretamente com o PJe. Quase sempre é exigido que o usuário execute ações manualmente. A ideia da API é criar uma “porta de entrada” para que outros sistemas consigam se comunicar com o PJe”. Anderson explicou, ainda, que a aplicação é genérica, de fácil implementação de linguagem, o que possibilita o estabelecimento de comunicação entre sistemas.

O servidor apontou que o primeiro sistema que demonstrou resultados positivos e já está atuando com a API é o e-Sisgab, sistema de consulta via web que visa auxiliar os gabinetes no processo de emissão de relatórios gerenciais. Com a utilização da API, a ferramenta trabalhará integrada ao PJe, possibilitando a geração de etiquetas para agravos com possível perda de objeto, permitindo minuta em lote. “Tal implementação otimizará o trabalho dos gabinetes, uma vez que, anteriormente, o usuário tinha de buscar o processo no PJe e dar andamento um a um. Com a API, a movimentação e etiquetagem será muito mais rápida. O e-Sisgab, por meio de alguns comandos, enviará para o PJe uma lista de processos que deverão ser etiquetados e o PJe executará a ação”, frisou Anderson.

Na ocasião, a diretora do Núcleo de Gestão Estratégica, Inovação e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (NucGE), da Seção Judiciária da Bahia, Liliana Kelsh Sarmento aproveitou para divulgar que na próxima semana será lançado o “LABahia”, o Laboratório de Inovação da Justiça Federal da Bahia (JFBA).

Outra novidade anunciada foi o “RPA Hub”, ferramenta que organizará os RPAs criados na JF1, funcionando como catálogo das automações. Segundo o diretor da Coordenadoria de Inovação e Fomento à Atividade Judicial (Cofaj), Sergio Faria Lemos da Fonseca Neto, o repositório tem como objetivo conter a documentação e descritivo das iniciativas criadas. “Estamos desenvolvendo, e a ideia é que ele seja colaborativo e permita a centralização de RPAs criadas nas unidades”, enfatizou.

Encerrando o encontro, a coordenadora do LabJF1 afirmou que o projeto de Hub deve ser expandido. “Iremos pensar em uma forma de coletar ações que já foram produzidas pelas seccionais, para que os produtos sejam conhecidos e que efetivamente possam ser compartilhados. As participações de hoje foram muito ricas, com muitas ideias e tenho certeza de que muitas outras virão”, salientou a juíza.

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TS

Assessoria de Comunicação Social
Tribunal Regional Federal da 1ª Região