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31/08/2023 08:20 - INSTITUCIONAL

TRF1 proporciona dia de reflexão sobre a relevância do papel do pai no sistema familiar

INSTITUCIONAL: TRF1 proporciona dia de reflexão sobre a relevância do papel do pai no sistema familiar

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) recebeu em ambiente virtual, na última quarta-feira, dia 30 agosto, o mestre em Recursos Humanos Ricardo Carvalho, para falar sobre o papel do pai no sistema familiar. O especialista em formação de pessoas, equipes e liderança, planejamento estratégico e redesenho de processos é também consultor, coach, mentor e analista comportamental.

Ele trabalha com capacitação e desenvolvimento humano há mais de 23 anos. O tema escolhido para abordar entre magistrados, servidores, prestadores de serviço e estagiários da 1ª Região vai ao encontro das celebrações pelo Dia dos Pais, comemorado no Brasil sempre no segundo domingo de agosto.

As reflexões trazidas pelo palestrante tiveram como base o pensamento do alemão Bert Hellinger, também considerado fundador da constelação familiar.

Para Ricardo Carvalho, o papel do pai no sistema familiar pode ser compreendido a partir de alguns pilares: ele é aquele que contribui para o equilíbrio e harmonia do sistema; aquele que fortalece o apoio emocional; que ajuda a evitar dinâmicas disfuncionais; e também aquele que promove relações mais fortes entre os membros da família.

Segundo as Leis Sistêmicas, consideradas no pensamento de Bert Hellinger, o pai, muitas vezes, está associado à representação de força para o filho ir para o mundo; é também autoridade, apoio, execução, foco e proteção do sistema familiar.

As Leis Sistêmicas, também chamadas por Bert Hellinger de “Ordens do Amor”, exerceriam papel fundamental no equilíbrio e manutenção do sistema familiar e são compostas por Ordem, Pertencimento e Equilíbrio.

Em relação à Ordem, entende-se, dentro das leis sistêmicas, que todo membro de uma família tem lugar e uma hierarquia. “Os pais vêm antes dos filhos e têm lugar de autoridade”, afirmou Ricardo Carvalho.

Dentro da ordem do sistema familiar, desrespeitar a hierarquia é levar ao caos e normalmente ao sacrifício dos filhos, que passam muitas vezes a procurar agir naquele papel que não é exercido pela outra parte da família.

Quanto ao Pertencimento, essa Lei sistêmica diz respeito a todos se sentirem parte do sistema e terem o direito de a eles pertencerem. Todos devem ser reconhecidos como parte integrante e ninguém pode ser excluído, independentemente do quão boa ou quão ruim seja essa pessoa para o sistema. Isso porque a desconsideração dela gera a necessidade de compensação e isso, muitas vezes, se reflete em relacionamentos futuros dos filhos - especialmente quando esses passam a procurar em seus parceiros não um parceiro, mas um pai ou uma mãe ausente. Essa busca por compensação leva frequentemente os filhos a viverem relacionamentos fracassados.

Por fim, a terceira ordem de amor diz respeito ao Equilíbrio. A colaboração do pai na educação dos filhos é vital para manter esse equilíbrio e influi diretamente na capacidade do filho de dar e de receber amor - por isso, o desempenho desse papel deve ser consciente e equilibrado. Para Ricardo de Carvalho, as relações humanas envolvem trocas que precisam ser proporcionais, pois a distância entre dar e receber pode levar a “agressões” por parte dos filhos que recebam demais ou de menos, justamente para que seja trazida de volta a relação e um estágio “equilibrado”, em que todos se veem em um mesmo patamar.

Tempo com qualidade - Uma das soluções para o equilíbrio é saber vivenciar com os filhos um tempo com qualidade, especialmente nos casos em que os pais não dispõem desse tempo. Segundo o palestrante, o pensamento de uma compensação material não é válido - o que os filhos precisam dos pais é de orientação e escuta. Ao finalizar, ele sustentou que o papel da força no pai está diretamente ligado à ação, e isso não se trata de uma questão de força física.

Ricardo Carvalho reforçou ainda que as relações precisam ser firmadas em respeito, confiança e amor. E que o pai, em relação ao filho, precisa saber se posicionar. “Não é a posição física - mas a postura com relação aos filhos”. Para o mestre em recursos humanos, a validação de um pai se dá principalmente por um posicionamento coerente - com atitudes e não com discursos.

O palestrante também falou sobre a importância de reconhecer que honrar um pai e uma mãe, e entender seu valor no sistema, não diz respeito a concordar com eles - mas não tirar dele o que lhes é próprio, justamente o fato de que o filho recebe, deles, a vida.

No encontro, os pais puderam tirar dúvidas sobre as explanações trazidas e, em clima de bate-papo, falar sobre suas próprias experiências e percepções dentro de suas famílias, incluindo reconhecimentos e dificuldades.

O evento também contou com a participação de servidores de outros órgãos da Justiça Federal, a exemplo da servidora Ana Gabriela Martins Reis, que hoje é do Tribunal Regional Federal da 6ª Região. Ela agradeceu ao Tribunal pela oportunidade de refletir sobre um aspecto tão necessário.

Leituras indicadas - Para aprofundamento das questões trabalhadas nesse encontro pelo Dia dos Pais, Ricardo Carvalho indicou a leitura das obras de Bert Hellinger “As Ordens do Amor: Um Guia para O Reconhecimento Ordens do Amor”, “Constelações familiares: o reconhecimento Ordens do Amor” e “Ordens de Ajuda”.

O evento faz parte das atividades do Grupo Executivo 4 do Plano de Logística Sustentável do Tribunal e foi organizado pela Assessoria de Relações Públicas e Cerimonial do TRF1.

AL

Assessoria de Comunicação Social
Tribunal Regional Federal da 1ª Região


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