Discutir a relação entre o direito e as novas tecnologias a partir das implicações e dos desafios dessa interação é o principal objetivo do Fórum Internacional Justiça e Inovação (FIJI). Iniciado nessa segunda-feira, dia 19 de junho, na sede do Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília/DF, o evento reúne órgãos do Judiciário para apresentar soluções de inovação, promovendo reflexão sobre as transformações do mundo atual e o impacto sobre a Justiça. A ação está sendo transmitida pelo canal do Supremo Tribunal Federal (STF) no YouTube.
Representando no evento o presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), desembargador federal José Amilcar Machado, a desembargadora federal Maria do Carmo Cardoso compareceu ao encontro pela Justiça Federal e salientou a importância das discussões promovidas no FIJI, em especial no primeiro painel, sobre direitos humanos e o verdadeiro papel da inovação ante as evoluções tecnológicas. “A colocação posta aqui é a grande preocupação: a “substituição” do homem pela máquina no trabalho. Aqui é um lugar para se repensar. A evolução está aí. As máquinas estão aí. Mas não podemos tirar o homem [do foco]. O que se tem que buscar são novas profissões e a promoção da educação dedicada a isso”, frisou a magistrada.
Abertura - A cerimônia de abertura do Fórum foi realizada no Plenário do TST. Compuseram a mesa de honra a presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça, ministra Rosa Weber; a ministra do STF Carmem Lúcia e o vice-presidente do TST, ministro Aloysio Corrêa da Veiga.
“O Supremo Tribunal Federal volta os seus olhos, juntamente com os seus parceiros, para o futuro do Poder Judiciário Brasileiro, e o faz com esperança e entusiasmo, mas sem abandonar a prudência e a responsabilidade”, afirmou, em seu discurso inicial, a ministra Rosa Weber.
A presidente do STF e do CNJ alertou que a Justiça que não acompanha a mudança do mundo e “acredita navegar sempre o mesmo rio” corre o risco de se tornar cúmplice da Injustiça.
“Mudanças políticas, sociais, econômicas ou tecnológicas demandam incessantemente o reconhecimento de novos direitos, impondo a redefinição da extensão e da conformação de institutos jurídicos”, acrescentou ainda.
Direitos humanos - O primeiro painel do evento tratou do tema Inovação como vetor de promoção dos direitos humanos. Como expositores, o vice-presidente do TST e a ministra Cármen Lúcia traçaram paralelos entre o desenvolvimento das novas tecnologias e a promoção do ser humano e a importância de inovar para que as inserções tecnológicas se deem de tal forma a promover o bem-estar social e a liberdade assumida na Constituição Federal.
Confira a programação completa do Fórum Internacional Justiça e Inovação.
Acesse aqui a gravação completa da palestra de abertura e do primeiro painel do evento.
AL
Assessoria de Comunicação Social
Tribunal Regional Federal da 1ª Região