Em alusão ao mês da mulher, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lançou a campanha “A Justiça por Todas Elas”. A ação coloca em evidência essa pauta para que o Poder Judiciário atue a fim de que as mulheres consigam reparação, equidade e justiça, sem distinção, e foi anunciada pelo presidente do CNJ, ministro Luís Roberto Barroso durante a sessão ordinária da última terça-feira, dia 5 de março.
Atualmente, tramitam na Justiça brasileira mais de um milhão de processos relacionados à violência doméstica e quase dez mil relativos a casos de feminicídio. Estão programadas medidas para aumentar a visibilidade dos julgamentos com perspectiva de gênero. “A campanha ‘A justiça por Todas Elas’ trata sobre a multiplicidade de ações necessárias para a defesa de todas as mulheres brasileiras,” enfatizou o ministro Barroso.
Durante a sessão, o ministro reforçou o papel da Lei Maria da Penha para a proteção de mulheres vítimas de violência, mas afirmou ser fundamental a mudança cultural com campanhas de conscientização. Segundo o presidente, a sociedade precisa entender que a violência não é uma atitude possível. “É cultural e nós temos de mudar essa cultura machista em que todos nós fomos criados”, afirmou.