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02/04/2024 12:03 - INSTITUCIONAL

Debates sobre inovação e desafios tecnológicos da Justiça Federal encerram o 1º dia do Enastic

foto dos representantes de TI do TRF1 sentados um ao lado do outro em poltronas que estão de frente para a plateia

Crédito: Jadson Castro

O primeiro dia do Encontro Nacional de Tecnologia e Inovação da Justiça Federal (Enastic) nessa segunda-feira, dia 1º de abril, contou com uma tarde de debates e palestras sobre inovação, governança estratégica, transformação digital e desafios tecnológicos da Justiça Federal para 2024. Realizado na sede da Escola de Magistratura Federal da 1ª Região (Esmaf), o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) foi anfitrião da 7ª edição do evento que reflete sobre as tendências futuras e reuniu gestores de todos as cortes regionais do país, bem como das suas seccionais vinculadas.

O empreendedor e especialista em gerenciamento de projetos, Gino Terentim Junior, abriu a tarde de trabalhos. Na sua apresentação, ele trouxe reflexões sobre a inovação e a gestão da inovação em tempos de Inteligência Artificial. Entre os pontos que Gino destacou estão a motivação, que incluem os propósitos que impulsionam a mudança, a autonomia para pesquisar e a maestria que consiste em focar no que as pessoas têm de melhor, os seus talentos.

Em seguida, no primeiro painel da tarde, Rafael Bittencourt, líder da Amazon Web Services (AWS) para governos locais, conduziu um bate-papo com Edmundo Veras, diretor-geral do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6), e Daniel Santos Rodrigues, diretor de Tecnologia da Informação da Corte, que falaram sobre os desafios de tirar do papel o primeiro tribunal brasileiro instalado no século XXI.

Na oportunidade, os painelistas abordaram a criação e instalação do mais novo Tribunal brasileiro, a experiência da transição da Seção Judiciária de Minas Gerais para Tribunal Regional, os desafios, a limitação de recursos físicos e financeiros, o impacto da transformação digital para o desenvolvimento dos trabalhos na Corte, e a passagem do Sistema do Processo Judicial Eletrônico (PJe) para o Sistema de Processo Eletrônico (e-Proc) em 12 meses.

Logo depois, o Account Solution Architect da Red Hat (empresa que desenvolve softwares), Hugo Pfeffer, falou sobre as possibilidades de usos da Inteligência Artificial no Poder Judiciário.


Desafios Tecnológicos da Justiça Federal para 2024

Os representantes dos setores de Tecnologia da Informação dos seis TRFs, que integram o Comitê Gestor do Sistema de Tecnologia da Informação da Justiça Federal (Sijus), abordaram os desafios tecnológicos da Justiça Federal para 2024 no segundo painel da tarde. O diretor da Secretaria de Tecnologia da Informação do TRF1 (Secin), Lúcio Melre da Silva, mediou o debate.

Segundo o diretor da Secin, desde o primeiro Enastic da Justiça Federal, em 2018, os temas relacionados à Tecnologia da Informação são recorrentes, como o Processo Judicial Eletrônico (PJe), o uso da Inteligência Artificial no Poder Judiciário e a Segurança da informação.

Nesse mesmo sentido, a diretora de Tecnologia da Informação do TRF5, Fernanda Montenegro, ressaltou que desde então esses desafios se intensificaram e potencializam, assim como as demandas. Fernanda destacou ainda que a sociedade vem se preparando para receber os serviços de TI e como a relação entre usuário e computador mudou. "A sociedade pede para receber esses serviços e nós precisamos entregar de uma forma cada vez melhor".

Assim como para Fernanda, para a diretora de Tecnologia da Informação do TRF2, Ana Luisa Carneiro, os desafios só aumentaram. "Quando nós imaginaríamos que estaríamos usando Inteligência Artificial no Poder Judiciário?", destacou.

O aumento das demandas de TI, o uso da IA, a preocupação com a segurança da informação e déficit de servidores, foram pontos em comum levantados por todos os representantes dos TRFs. De acordo com o diretor de Tecnologia da Informação do TRF4, Cristian Ramos Prange, ao longo desses anos, o tema deixou de ser "o elefante da sala" e passou a ser debatido pelo Poder Judiciário. Nesse contexto, ele destacou como a implementação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) foi um desafio para os tribunais. Além de questões como a Inteligência Artificial generativa, que lideram todos as discussões. Para Cristian, toda vez que algo novo aparece, “as pessoas batem lá na informática e elas querem alguma coisa, é a expressão do desejo, elas querem resolver os seus problemas".

Sobre o déficit de servidores na área, o assessor de Gestão de Sistemas do TRF3, David Panessa Baccelli, destacou pontos como a aposentadoria e a migração de servidores tanto para a iniciativa privada, quanto entre áreas (da negocial para o TI), assim como a gestão do conhecimento na área.

Em se tratando do TRF6, instalado em 2022, Daniel Santos Rodrigues, diretor de Tecnologia da Informação, contou que as dificuldades do tribunal estão muito aquém das outras cortes, “o desafio que a gente tem hoje é colocar o Tribunal em pé, fazê-lo funcionar”.

Já no TRF1, o diretor da Secretaria de TI, Lúcio Melre, destacou que o maior desafio da Corte é gerir a área em um tribunal que ocupa cerca de 70% do território nacional. Nesse contexto, explicou Melre, a implementação na 1ª Região do gestor único dos sistemas processuais (tanto de 1º quanto de 2º grau), atualmente o juiz federal em auxílio à Corregedoria Regional Náiber Pontes de Almeida, “facilitou demais a comunicação da TI com a área de negócios”.

Ao longo da tarde, os participantes do Enastic Justiça Federal puderam contar ainda com a apresentação do painel “Tecnologias Exponenciais e as oportunidades nos Tribunais Superiores”, além das palestras “Evolução e segurança das aplicações modernas”, “PAM 360: atinja maturidade em Gestão de Acesso Privilegiado” e “Fui atacado, e agora?”.

O Enastic continua nesta terça-feira, dia 2 de abril.


RF

Assessoria de Comunicação Social
Tribunal Regional Federal da 1ª Região



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