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29/08/2024 09:55 - INSTITUCIONAL

Encerrada 1ª Jornada da Conciliação na 1ª Região com aprovação de enunciados sobre o tema

No auditório da SJMA, seis magistrados da 1ª Região estão sentados atrás de uma mesa decorada em madeira. Da esquerda para a direita: Newton Ramos, Marcelo Albernaz, Maria do Carmo Cardoso, Pablo Zuniga Dourado, Rosimayre de Carvalho e George Ribeiro da Silva. Atrás deles há uma tela de projeção mostrando a logo da Seção Judiciária do Maranhão e um banner de divulgação do evento, na cor verde e contendo o nome da jornada e logotipo dos principais envolvidos na ação. No momento da fotografia, Maria do Carmo realiza o pronunciamento de encerramento.

A 1ª Jornada da Conciliação e 1ª Oficina de Gestão de Metas da Justiça da 1ª Região terminou nessa quarta-feira, 28 de agosto, no auditório da Seção Judiciária do Maranhão (SJMA), em São Luís/MA.

O evento foi promovido pela Escola de Magistratura Federal da 1ª Região (Esmaf), com participação do Sistema de Conciliação da 1ª Região (SistCon) e da Coordenação dos Juizados Especiais Federais da 1ª Região (Cojef), e começou no dia 26 de agosto, com a presença do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Reynaldo Soares da Fonseca; da vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), desembargadora federal Gilda Sigmaringa Seixas; do coordenador do (SistCon), desembargador Carlos Augusto Pires Brandão, além de autoridades vinculadas aos Juizados Especiais Federais, ao Tribunal de Justiça do Maranhão e a associações de magistrados.

Grande parte do trabalho foi conduzido por integrantes do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), a exemplo da palestra “Características da Gestão de Metas e da Conciliação”, que contou com a participação da desembargadora federal Gilda Sigmaringa Seixas e do desembargador federal Roberto Carvalho Veloso. Também os trabalhos das comissões de enunciados foram coordenados cientificamente por membros do TRF1, entre eles, a desembargadora Maria do Carmo Cardoso (estímulo à conciliação e mediação), o desembargador Carlos Augusto Pires Brandão (novas formas de solução de conflitos e novas tecnologias), o desembargador Newton Ramos (prevenção e solução extrajudicial em litígios difusos e coletivos) e o desembargador Roberto Carvalho Veloso (desjudicialização nos juizados especiais federais).

Já o último dia foi marcado pela plenária de enunciados e pelo encerramento oficial do evento, com pronunciamento da desembargadora federal Maria do Carmo Cardoso ao lado dos desembargadores federais Marcelo Albernaz, Newton Ramos e Pablo Zuniga Dourado, além do diretor do foro da SJMA, juiz federal George Ribeiro da Silva, e da juíza federal Rosymaire de Carvalho.

Enunciados

Foram mais de duas horas de debates para decidir quais seriam os enunciados destacados ao fim da Jornada. Cada comissão formada teve que defender suas propostas, tanto as unânimes quanto aquelas que tenham sido incluídos por maioria.
Na plenária, foram consideras as aprovações ou rejeições por meio da maioria simples dos presentes. Além das juízas e dos juízes, representantes de outras categorias jurídicas presentes (advogadas e advogados da União, advogadas, advogados, servidoras e servidores, entre outros) também puderam votar.


Quatro foram os temas escolhidos e divididos entre as comissões:

           – Novas formas de solução de conflitos e novas tecnologias;
            – Estímulo à Conciliação e Mediação;
            – Prevenção e solução Extrajudicial em Litígios Difusos e Coletivos;
           – Desjudicialização nos Juizados Especiais Federais;

O resultado da plenária será compilado e posteriormente disponibilizado por meio de publicação contendendo os enunciados aprovados.

Fomento à cultura da conciliação

No encerramento da Jornada, o desembargador federal Pablo Zuniga Dourado, em nome do coordenador do Sistema de Conciliação Federal da 1ª Região, desembargador federal Carlos Augusto Pires Brandão, agradeceu a todos pela presença e concretização dos trabalhos, que considerou proveitosos pela qualidade das discussões tanto dos enunciados quanto das oficinas.

Para ele, a rotina intensa dos três dias representou um passo significativo de cada magistrado que se afastou temporariamente de suas atividades habituais para dedicar-se ao tema da conciliação e à aprovação de enunciados com o objetivo de melhorar serviços, prestação jurisdicional e gestão dos processos, além de fomentar e incentivar a cultura da conciliação.

Já o diretor do foro da Seção Judiciária do Maranhão (SJMA) ressaltou a importância da realização desses grandes eventos no formato presencial e nas próprias seções judiciárias, modelo adotado pela nova gestão da Escola de Magistratura Federal (Esmaf), que tem à frente o desembargador federal Jamil de Jesus Oliveira. “Possibilita que todas as juízas e os juízes locais participem e, também, que os nossos parceiros do ambiente de trabalho, que integram o sistema de justiça, possam participar”, afirmou, mencionando integrantes do Ministério Público, além de advogadas e advogados da União, procuradoras e procuradores federais; advogadas e advogados da Caixa Econômica.

O desembargador federal Newton Ramos também manifestou a sua validação ao evento e sua importância. “Para que possamos transformar a Justiça Federal a cada dia numa Justiça mais eficiente, mais justa e mais isonômica”.

Por fim, a desembargadora federal Maria do Carmo Cardoso, que por muitos anos esteve à frente da Conciliação na 1ª Região, relembrou a trajetória dos processos conciliatórios, citando a experiência do Rio Grande do Sul, com um Juizado Especial de Pequenas Causas e Procedimentos Conciliatórios. Falou ainda sobre o movimento de conciliação iniciado na 1ª Região pelo hoje ministro Reynaldo Soares da Fonseca, também citando o trabalho da ministra Eliane Calmon nessa área.

Para a desembargadora federal Maria do Carmo Cardoso, os enunciados aprovados não devem ser vistos como uma forma de engessar o processo conciliatório, que, segundo ela, é sempre uma construção fluída e cujo regramento depende principalmente das partes envolvidas. O importante, destacou, é que todo esse movimento venha para fortalecer a conciliação, que é, na visão da magistrada, a atuação mais próxima do jurisdicionado.

“A conciliação não é método alternativo”, afirmou a desembargadora federal Maria do Carmo. “Hoje o Código de Processo Civil é muito claro: o legislador processual, no processo civil, entende que o núcleo de conciliação precede a atuação jurisdicional. Toda seção tinha que ter o seu núcleo de conciliação”, acrescentou, recordando ainda que a conciliação é um procedimento jurisdicional cabível em qualquer fase do processo. Basta, para isso, que uma das partes queira conciliar.



As gravações do primeiro e do segundo dia da Jornada podem ser acessadas no canal da Esmaf no YouTube, na aba “Ao vivo”.

Sobre a conciliação na Justiça Federal, leia também no portal do TRF1:

AL

Assessoria de Comunicação Social
Tribunal Regional Federal da 1ª Região


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