Para preparar as novas juízas e os novos juízes federais substitutos aprovados no XVII concurso do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) para lidar com a imprensa e mídias sociais, um treinamento foi ministrado na última quinta-feira, 23 de janeiro, pela equipe da Assessoria de Comunicação Social (Ascom) do tribunal. A ação integra a programação promovida pela Escola de Magistratura Federal da 1ª Região (Esmaf).
A capacitação completa tem duração de aproximadamente quatro meses e está ocorrendo no Centro de Treinamento da Justiça Federal da 1ª Região (Centrejufe), sede da Esmaf, em Brasília/DF, desde o dia 7 de janeiro.
Pela Assessoria de Comunicação Social (Ascom) do TRF1, participaram o servidor Gilbson da Costa Alencar (chefe da Ascom) e as servidoras Adriana Rocha Dutra Vilela (diretora do Núcleo de Rádio e TV/Nurat) e Claudia Bernal (diretora do Núcleo de Redação e Imprensa (Nuimp).
O treinamento iniciou-se com uma entrevista surpresa – dinâmica utilizada para testar a desenvoltura de algumas juízas e juízes diante das câmeras de tv. Após, houve palestra ministrada pelo chefe da Ascom, Gilbson Alencar.
Gilbson fez uma breve explanação sobre a imprensa brasileira, cujo marco histórico foi a fundação da Gazeta do Rio de Janeiro, em setembro de 1808; ressaltou a importância da liberdade de imprensa e da perda desse valor democrático durante a ditadura militar, “época em que jornalistas foram censurados”. O professor recomendou que as novas magistradas e magistrados não temam falar com a imprensa. “Tenham no jornalista uma figura fundamental para a democracia”.
O chefe da Ascom destacou que, em algumas culturas, a Comunicação é considerada o quarto poder por também fiscalizar os demais poderes. “Porém, era dominada pelos interesses de quem detinha os monopólios dos veículos de mídia”, lembrou, ao conduzir a turma aos tempos atuais, com o mundo virtual “que permite a produção de conteúdo e a publicação de informação, independentemente do poder econômico”.
Nesse sentido, o especialista enfatizou a importância da busca de informação em fontes e veículos variados como forma de evitar a construção de opinião e a disseminação de uma notícia enviesada. E lembrou que o que faz do jornalismo sério é a busca pela verdade.