Com o olhar voltado para as desigualdades históricas do município de Alcântara, no Maranhão, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), por meio da Seção Judiciária do Maranhão (SJMA), homologou mais de R$ 336 mil em indenizações fundiárias durante o maior mutirão de serviços já realizado no estado.
Ocorrida entre os dias 28 e 30 de novembro, a ação faz parte do projeto “Viva Alcântara” e busca reparar danos causados pela remoção forçada de famílias para a instalação do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) nos anos 1980, promovendo não apenas compensações financeiras, mas também a regularização fundiária e o fortalecimento cultural das comunidades quilombolas e da população local.
Sob a coordenação do desembargador federal Carlos Augusto Pires Brandão, coordenador regional do Sistema de Conciliação da Justiça Federal da 1ª Região (SistCon), o acordo reúne esforços do TRF1, do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), da Advocacia-Geral da União (AGU), do Ministério Público Federal (MPF), da Defensoria Pública da União (DPU) e da Caixa Econômica Federal (CEF).
Cerimônia da entrega das matrículas de terras em Alcântara/MA
Durante a cerimônia que celebrou a titulação de terras das comunidades quilombolas em nome da União, o desembargador federal Carlos Pires Brandão destacou que o trabalho conjunto das instituições promoveu uma abordagem inclusiva e inovadora. “Este projeto não é apenas um marco na regularização fundiária, mas um exemplo de como a Justiça pode transformar desigualdades históricas em oportunidades para um futuro mais equitativo. Estamos conciliando desenvolvimento tecnológico com o respeito às comunidades quilombolas”.
Audiências de conciliação