Para compartilhar práticas inovadoras, eficientes e que podem servir de modelo para a gestão dos diversos órgãos, no dia 28 de fevereiro, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) promoveu a 9ª edição do evento “Disseminando Boas Práticas do Poder Judiciário”, por meio da Plataforma Cisco Webex, com transmissão pelo canal do CNJ no YouTube. O eixo temático deste ano foi “Acesso à Justiça”, e o juiz federal em auxílio à Corregedoria Regional da Justiça Federal da 1ª Região (Coger) e gestor dos Sistemas Judiciais da 1ª Região, Náiber Pontes de Almeida discursou sobre “Serviços digitais no atendimento ao cidadão”.
O juiz federal Náiber Pontes contou que, diante dos desafios que foram surgindo, houve a necessidade de o tribunal se reinventar e pensar em soluções integradas, de baixo custo e com grande alcance. Ele ressaltou que, em se tratando de inovação no Poder Judiciário, o TRF1 conseguiu evoluir em dois anos o que poderia levar dez.
Citando um dos eixos da Justiça 4.0, o magistrado destacou os Núcleos de Justiça 4.0, que têm como pressuposto a prestação de serviços ao público por meio do Balcão Virtual e estabelece novos modos de assistência aos jurisdicionados. “Esta é uma verdadeira revolução tecnológica, que se traduz na realização do atendimento aos cidadãos, no trabalho remoto e híbrido e nas audiências virtuais”, salientou.
Com dados extraídos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o juiz federal demonstrou que seis em cada dez brasileiros preferem os serviços públicos digitais, mas frisou que, para prestar atendimento, é necessário que se tenha meios, visto que há pessoas em exclusão digital. “Uma das políticas públicas do TRF1 foi a implementação dos Pontos de Inclusão Digital (PID), com pontos físicos para atender às pessoas que ainda se encontram sem condições de acesso aos meios digitais. Temos 12 pontos já instalados e funcionando e estamos em processo de expansão, com mais pontos mapeados”.