O desembargador federal Wilson Alves de Souza foi homenageado na última sexta-feira, 21 de março, pela Assembleia Legislativa do Estado da Bahia (Alba). O magistrado recebeu a Comenda 2 de Julho em sessão especial realizada no Plenário do Palácio Deputado Luís Eduardo Magalhães, em Salvador/BA.

A homenagem foi proposta pelo deputado Euclides Fernandes (PT), nos termos da Resolução 2.170/2025. A Comenda 2 de Julho foi criada em 1999 e é a mais alta honraria concedida pela Assembleia Legislativa da Bahia, atribuída a personalidades que contribuíram para o desenvolvimento político e administrativo estadual e nacional. A distinção traz no nome a denominação da data da Independência da Bahia, que ocorreu em 2 de julho, e marca a expulsão dos últimos portugueses ligados à exploração da Coroa no Brasil.

Os deputados Euclides Fernandes e Luciano Simões Filho (União Brasil), dividiram a Presidência da Sessão Solene de Outorga da Comenda. Na ocasião, o desembargador Wilson foi apresentado aos presentes, sendo lembrado pela carreira como acadêmico, professor, jurista e magistrado. “Levaste ao pé da letra o refrão do hino de Riachão do Jacuípe (cidade natal do homenageado), ‘os jacuipenses estudando e trabalhando, ajudando o progresso da Nação, sempre juntos de mãos dadas’. O senhor merece todos os méritos dessa justa homenagem que lhe prestam os 63 deputados desta Assembleia Legislativa do Estado da Bahia”, disse o deputado Luciano Simões Filho.

Em seu discurso, o deputado Euclides Fernandes, autor da proposta, lembrou a vida e a carreira do magistrado como “distribuidor da boa Justiça”. Segundo ele, “alguém com o vasto e brilhante currículo do desembargador Wilson de Souza, integrante do Tribunal Regional Federal da 1ª Região desde 2019, é absolutamente merecedor de ostentar o leque de homenagens recebidas ao longo de sua longa carreira e a mais elevada honraria desta Casa da Bahia”.

E seguiu dizendo que, “a Assembleia Legislativa da Bahia, na totalidade dos meus 62 pares, reitera o grande orgulho desta Casa e do povo baiano em conceder-lhe a nossa maior honraria, a Comenda 2 de Julho”, congratulou o deputado.

Representando a Justiça Federal da Bahia, o juiz federal Carlos D’Ávila Teixeira, titular da 13ª Vara Cível da SJBA, lembrou a dedicação do homenageado à família, aos estudos e à magistratura. “A síntese de um homem que estuda é se concentrar na sua profissão e na sua capacidade de transmitir conhecimentos aqueles que são seus alunos e Wilson conseguiu transformar a sua sala de aula num prolongamento da sua própria alma e conseguiu transformar, também, o seu gabinete, a sua mesa e a sua toga, numa ferramenta de trabalho”.

Com a palavra, o homenageado

Após receber a Comenda 2 de Julho de sua esposa Josefa Francisca Mota Souza, o desembargador federal Wilson Alves de Souza destacou a felicidade, o poder da arte e da vida de se representarem mutuamente e, para isso, citou a canção “El 19”, interpretada pelo cantor dominicano Alberto Beltrán. “Olhe o que eu quero te dizer. Há datas na vida que nunca poderemos jamais esquecer. Esta, bem sabes alma minha, a levarei guardada em meu ser como ontem. Este dezenove será uma lembrança que viverá em mim. Este dia feliz tão feliz”.

O magistrado ressaltou ainda a relevância histórica da data 2 de julho de 1823, tanto para a Bahia quanto para o Brasil. “Essa comenda é muito importante, é a mais alta honraria desta Casa do povo da Bahia e tem o nome de maior peso na vida baiana, que é o 2 de julho. Esta data, como todos sabemos, mas que infelizmente nem todos os brasileiros sabem, é vital para a Bahia e para o Brasil. A Bahia se doou ao Brasil”, afirmou.

Ao fim de seu discurso, emocionado, o desembargador Wilson lembrou a importância da vida e agradeceu a Deus, seus pais, família, professores e professoras, alunos e alunas, colegas de profissão e ao povo baiano por todo aprendizado. “A vida humana só é vida humana porque na verdade é convivência humana. Não existe vida humana isoladamente. Ninguém vive só. O homem que vive só, se é que isso pode acontecer, não tem a verdadeira condição humana, que só existe pela convivência. E a minha caminhada até aqui sempre dependeu de uma força superior, a que denominamos Deus”.

Compuseram a mesa diretora da Sessão Especial o desembargador José Alfredo Cerqueira da Silva, segundo vice-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA); a desembargadora Pilar Célia, corregedora das Comarcas do Interior do TJBA; o desembargador Raimundo Sérgio Sales Cafezeiro, do TJBA; o desembargador José Soares Ferreira Aras Neto, representando a Corregedoria-Geral de Justiça do Estado da Bahia; desembargador Júlio Cézar Lemos Travessa, do TJBA, e presidente da Associação de Magistrado da Bahia (Amab); desembargadora eleitoral Manuela Dourado, do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ); o procurador-geral da Justiça do Estado da Bahia, Pedro Maia Souza Marques; o procurador da República, representando o Ministério Público Federal, André Luiz Batista Neves; a juíza federal Sandra Lopes de Carvalho, diretora do Foro da Seção Judiciária da Bahia; o juiz federal Carlos D’Ávila Teixeira, titular da 13ª Vara Cível da SJBA; o professor João Glicério, coordenador do Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

RF

Assessoria de Comunicação Social
Tribunal Regional Federal da 1ª Região