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29/10/2024 09:55 - INSTITUCIONAL

Desembargadora do TRF1 acompanha assinatura de acordo histórico para reparação da tragédia de Mariana

A fotografia mostra uma reunião ou conferência com várias pessoas sentadas em torno de uma mesa em formato de “U”. No fundo, há um grande painel colorido com as palavras “Repactuação de Mariana MG”. Há bandeiras do Brasil e um brasão ao centro do painel. A sala está cheia de pessoas, algumas em pé

A desembargadora federal Daniele Maranhão participou, na última sexta-feira dia 25 de outubro, no Palácio do Planalto, em Brasília/DF, de assinatura do Acordo de Repactuação do Termo de Transação de Ajustamento de Conduta de Mariana. A magistrada foi relatora dos processos relativos ao desastre de Mariana no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1).

O acordo, homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e assinado pelo Governo Federal, pelos Estados de Minas Gerais e do Espírito Santo e pelas empresas Samarco, Vale e BHP Billiton, envolve R$ 170 bilhões, dos quais R$ 132 bilhões constituirão novos repasses das empresas, distribuídos ao longo de até 20 anos.

Segundo a desembargadora Daniele Maranhão, “a assinatura do acordo configura um passo importante no processo de reparação. Já percorremos parte do caminho para que a Justiça seja feita e a população atingida possa ter suas vidas reconstruídas”.

Destinação de recursos

Os recursos serão utilizados na indenização dos atingidos e no financiamento de ações de restauração do meio ambiente, obras de infraestrutura – como saneamento básico e rodovias – e programas de saúde coletiva.

Parte do montante será direcionada ao Governo Federal e aos governos estaduais, e serão destinados aos programas de recuperação ambiental, reassentamento de comunidades, reconstrução de infraestrutura e compensações sociais.

Os recursos também serão direcionados para o reassentamento das comunidades de Bento Rodrigues/MG e Paracatu de Baixo/MG, além do restabelecimento de áreas contaminadas e programas de suporte econômico.

Presente no evento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que esse "é o maior acordo de reparação já feito na história em casos de crimes ambientais. É um passo importante para que a população atingida possa finalmente ter acesso à justiça".

Já o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, classificou o acordo como “extraordinário” e destacou que se trata de um marco mundial em tragédias ambientais.
Na ocasião, o magistrado fez um resumo histórico do caso, que tramitou inicialmente no TRF1, passou pela criação da Fundação Renova e pela instituição de uma mesa de repactuação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), até chegar ao Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6) e ao STF, que firmou o acordo juntamente com as partes e com os representantes do Poder Público.

O ajuste prevê, ainda, a criação de um fundo a ser gerido pelo Governo Federal e pelos estados, com a participação de representantes dos atingidos. Caberá a esse fundo definir a aplicação dos recursos, priorizando as áreas mais afetadas. A expectativa é que as primeiras indenizações comecem a ser pagas nos próximos meses.

Assessoria de Comunicação Social
Tribunal Regional Federal da 1ª Região


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