O mês de setembro foi encerrado no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) com uma palestra sobre prevenção de Acidente Vascular Cerebral (AVC) conduzida pelo neurocirurgião Eduardo Waihrich, mestre em Ciências da Saúde e doutor em Ciências Médicas pela Universidade de Brasília (UnB).
O evento, promovido pelo Setor de Promoção da Qualidade de Vida no Trabalho (Setvid) do TRF1, foi transmitido pelo Teams e pelo canal do tribunal no YouTube no último dia 30, como parte de uma série de ações para aumentar a conscientização sobre a saúde mental, reforçando a importância de se cuidar tanto do corpo quanto da mente para prevenir doenças graves como o AVC.
O médico compartilhou com os participantes seu conhecimento sobre a prevenção e os cuidados relacionados ao AVC. Esclareceu, por exemplo, a distinção entre os dois tipos principais de AVC - o hemorrágico (quando um vaso sanguíneo se rompe) e o isquêmico (quando há obstrução de um vaso sanguíneo que leva sangue ao cérebro, resultando em falta em determinada área).
Ele explicou como hábitos cotidianos podem influenciar diretamente no risco de desenvolvê-los. "Toda e qualquer doença possui fatores de risco não modificáveis, com os quais você nasce. No caso do AVC, existem fatores modificáveis que você pode alterar em seus hábitos diários como o tabagismo, a hipertensão arterial, o colesterol elevado, o diabetes, o sedentarismo e o abuso de bebidas alcoólicas", esclareceu.
Segundo o médico, as pessoas que têm esses fatores de risco e mais de 45 anos devem fazer avaliações médicas regulares. "É recomendado que indivíduos nessas condições façam uma avaliação cardiológica, de pressão arterial e colesterol, além de exames para observar os vasos intracranianos, no máximo a cada cinco anos".
Durante a palestra, o neurocirurgião ressaltou o impacto das diferenças hormonais entre homens e mulheres na predisposição ao AVC. Segundo ele, os hormônios femininos podem aumentar o risco de eventos trombóticos, enquanto, nos homens, a testosterona eleva a frequência cardíaca, o que favorece o surgimento de eventos hemorrágicos.
Outro ponto abordado pelo especialista foi a relação entre atividade física e a prevenção de AVC. Ele afirmou que a prática regular de exercícios pode ser um forte aliado na redução do risco de acidentes vasculares, mas alertou para os perigos do excesso. "Embora a atividade física seja benéfica, quando feita em excesso pode desencadear um AVC hemorrágico devido à ruptura de vasos sanguíneos", observou.
O médico também esclareceu que a forte enxaqueca, que muitas vezes tem manifestações semelhantes às de um AVC (dor pulsátil em apenas um dos lados do crânio, náuseas e vômitos), até o momento não tem relação com o aumento de risco de um acidente vascular.
Ao final da palestra, o neurocirurgião compartilhou dicas importantes para identificar os sinais de um AVC – e reforçou que é crucial buscar atendimento rápido para a evolução positiva do quadro. Ele explicou que não conseguir sorrir, sentir a boca travada, ter falta de força em um dos braços e dificuldade na fala são sinais claros de um AVC, sendo necessário auxílio médico com urgência.
IL/CB
Assessoria de Comunicação Social
Tribunal Regional Federal da 1ª Região