Visando apoiar servidoras, servidores e demais colaboradoras e colaboradores que desempenham o papel de cuidadores de seus familiares, sejam eles idosos ou pessoas com deficiência, o projeto Cuidando do Cuidador, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), chegou à quinta edição.
Na última sexta-feira, dia 13 de setembro, o projeto trouxe uma roda de conversa com o tema “A Terapia Ocupacional na Saúde do idoso” conduzida pela terapeuta ocupacional Thais Lima.
Na ocasião, a terapeuta ocupacional falou sobre a profissão, o impacto da rotina ocupacional no contexto do envelhecimento, o papel da Terapia Ocupacional na reabilitação de idosos com demências e o papel ocupacional do familiar cuidador.
Thais explicou que a característica essencial da Terapia Ocupacional é o envolvimento ativo das pessoas no processo terapêutico, pois é a ciência que estuda a atividade humana e a utiliza como recurso terapêutico para prevenir e tratar dificuldades físicas e psicossociais que interfiram no desenvolvimento e na independência do cliente.
O foco da palestra foi o cuidado com os idosos e, ao som de “Naquela Mesa”, música de Nelson Gonçalves, a palestrante provocou uma reflexão entre os participantes: “Imaginem o idoso sentindo falta dele mesmo e de suas funções preservadas?”
Nesse sentido, Thais alertou sobre as formas corretas de cuidar e estimular a cognição, sem ferir a autonomia do idoso, que já sofre a perda de si mesmo. “Proporcionar que o idoso se sinta, na medida do possível, independente para contribuir com a manutenção do sentimento de autonomia é importante para que ele siga encontrando sentido em sua vida”, afirmou a terapeuta.
Pequenas atitudes fazem a diferença
Thais citou algumas atitudes que podem não ser as melhores em se tratando do cuidado de idosos e orientou os participantes sobre a importância de pequenas atitudes e mudanças de comportamento que fazem a diferença.
Segundo a especialista, a troca de papéis, muitas vezes percebida pelos filhos (que passam a se sentir pais dos seus pais), não é assimilada pelos idosos. Portanto, tratar o idoso como uma criança não é o melhor caminho, porque pode ser ofensivo. “Muitos não lidam bem quando são infantilizados pela família. Então, a forma como o cuidador aborda o idoso é determinante para a construção do melhor funcionamento da rotina”, alerta Thais.
Segundo a terapeuta, a resistência comum que os idosos podem impor também não deve ser enfrentada como um embate ou de forma imperativa. Thais sugere que se desenvolva a habilidade de dialogar, de pensar estrategicamente e argumentar de forma carinhosa e inteligente. Para ela, buscar uma forma não invasiva, em que a opinião e o sentimento do idoso sejam levados em conta, na medida do possível, é fundamental para que ele não se sinta despersonalizado.
A palestrante ressaltou, ainda, que o cuidado não deve ser somente com o idoso, mas também com quem está cuidando dele. Ela enfatizou a importância de mapear quem é esse cuidador, em quais atividades cotidianas ele está inserido, se existe uma rede de apoio para dar suporte a ele e se ele sabe por onde começar a pedir ajuda.
Nesse contexto, a palestrante destacou a importância do acompanhamento com um médico geriatra e profissionais da Terapia Ocupacional, que são capazes de orientar a melhor forma de conduzir o desafio que o trato com os idosos demanda.
“A Terapia Ocupacional oferece tratamento por meio de atividades prescritas, que foram pensadas, preparadas e adaptadas exclusivamente para aquele paciente, pois contempla os objetivos traçados de acordo com sua singularidade. Somos profissionais capacitados para colaborar com a melhoria de sua saúde e qualidade de vida”, declarou Thais.
A assistente social do TRF1 e integrante da equipe do Setor de Serviço Social (Setsoc), Beatriz Rodovalho Amaral, aproveitou a oportunidade para lembrar aos participantes que o Programa de Assistência à Saúde para Servidores e Magistrados da JF1 (Pro-Social) oferece cobertura a atendimentos de Terapia Ocupacional.
O evento foi transmitido ao vivo pela plataforma Microsoft Teams e mediado pela servidora Aline Maria Lima Sá, responsável pelo Setor de Promoção da Qualidade de Vida no Trabalho (Setvid).
AN/LS
Assessoria de Comunicação Social
Tribunal Regional Federal da 1ª Região