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17/09/2024 09:26 - INSTITUCIONAL

Projeto “Cuidando do Cuidador”: terapeuta fala da importância de se respeitar e estimular a autonomia do idoso

A imagem mostra uma mulher sorridente com cabelos longos e escuros, usando óculos de armação clara e uma blusa azul. Ela está participando de uma videochamada, pois há uma barra lateral à direita com miniaturas de outras pessoas na chamada. Algumas dessas miniaturas mostram fotos de perfil, enquanto outras mostram apenas iniciais. A mulher parece estar em um ambiente interno com uma parede clara ao fundo

Visando apoiar servidoras, servidores e demais colaboradoras e colaboradores que desempenham o papel de cuidadores de seus familiares, sejam eles idosos ou pessoas com deficiência, o projeto Cuidando do Cuidador, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), chegou à quinta edição.

Na última sexta-feira, dia 13 de setembro, o projeto trouxe uma roda de conversa com o tema “A Terapia Ocupacional na Saúde do idoso” conduzida pela terapeuta ocupacional Thais Lima.

Na ocasião, a terapeuta ocupacional falou sobre a profissão, o impacto da rotina ocupacional no contexto do envelhecimento, o papel da Terapia Ocupacional na reabilitação de idosos com demências e o papel ocupacional do familiar cuidador.

Thais explicou que a característica essencial da Terapia Ocupacional é o envolvimento ativo das pessoas no processo terapêutico, pois é a ciência que estuda a atividade humana e a utiliza como recurso terapêutico para prevenir e tratar dificuldades físicas e psicossociais que interfiram no desenvolvimento e na independência do cliente.

O foco da palestra foi o cuidado com os idosos e, ao som de “Naquela Mesa”, música de Nelson Gonçalves, a palestrante provocou uma reflexão entre os participantes: “Imaginem o idoso sentindo falta dele mesmo e de suas funções preservadas?”

Nesse sentido, Thais alertou sobre as formas corretas de cuidar e estimular a cognição, sem ferir a autonomia do idoso, que já sofre a perda de si mesmo. “Proporcionar que o idoso se sinta, na medida do possível, independente para contribuir com a manutenção do sentimento de autonomia é importante para que ele siga encontrando sentido em sua vida”, afirmou a terapeuta.

Pequenas atitudes fazem a diferença

Thais citou algumas atitudes que podem não ser as melhores em se tratando do cuidado de idosos e orientou os participantes sobre a importância de pequenas atitudes e mudanças de comportamento que fazem a diferença.

Segundo a especialista, a troca de papéis, muitas vezes percebida pelos filhos (que passam a se sentir pais dos seus pais), não é assimilada pelos idosos. Portanto, tratar o idoso como uma criança não é o melhor caminho, porque pode ser ofensivo. “Muitos não lidam bem quando são infantilizados pela família. Então, a forma como o cuidador aborda o idoso é determinante para a construção do melhor funcionamento da rotina”, alerta Thais.

Segundo a terapeuta, a resistência comum que os idosos podem impor também não deve ser enfrentada como um embate ou de forma imperativa. Thais sugere que se desenvolva a habilidade de dialogar, de pensar estrategicamente e argumentar de forma carinhosa e inteligente. Para ela, buscar uma forma não invasiva, em que a opinião e o sentimento do idoso sejam levados em conta, na medida do possível, é fundamental para que ele não se sinta despersonalizado.

O cuidado com o cuidador

A palestrante ressaltou, ainda, que o cuidado não deve ser somente com o idoso, mas também com quem está cuidando dele. Ela enfatizou a importância de mapear quem é esse cuidador, em quais atividades cotidianas ele está inserido, se existe uma rede de apoio para dar suporte a ele e se ele sabe por onde começar a pedir ajuda.

Nesse contexto, a palestrante destacou a importância do acompanhamento com um médico geriatra e profissionais da Terapia Ocupacional, que são capazes de orientar a melhor forma de conduzir o desafio que o trato com os idosos demanda.

“A Terapia Ocupacional oferece tratamento por meio de atividades prescritas, que foram pensadas, preparadas e adaptadas exclusivamente para aquele paciente, pois contempla os objetivos traçados de acordo com sua singularidade. Somos profissionais capacitados para colaborar com a melhoria de sua saúde e qualidade de vida”, declarou Thais.

A assistente social do TRF1 e integrante da equipe do Setor de Serviço Social (Setsoc), Beatriz Rodovalho Amaral, aproveitou a oportunidade para lembrar aos participantes que o Programa de Assistência à Saúde para Servidores e Magistrados da JF1 (Pro-Social) oferece cobertura a atendimentos de Terapia Ocupacional.

O evento foi transmitido ao vivo pela plataforma Microsoft Teams e mediado pela servidora Aline Maria Lima Sá, responsável pelo Setor de Promoção da Qualidade de Vida no Trabalho (Setvid).

As palestras das outras edições do Cuidando do Cuidador estão disponíveis no canal do TRF1 no YouTube.

AN/LS

Assessoria de Comunicação Social
Tribunal Regional Federal da 1ª Região


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