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16/12/2024 09:48 - INSTITUCIONAL

Rede de Inteligência da 1ª Região aprova nota técnica sobre tratamento das execuções fiscais

Captura de tela de uma videoconferência com várias pessoas participando. Cada participante está em sua própria janela de vídeo, e seus nomes estão exibidos na parte inferior de cada janela.

Para enfrentar cerca de 239 mil processos suspensos e 430 mil processos arquivados provisoriamente, a Rede de Inteligência da 1ª Região (Reint1) aprovou nota técnica com recomendações para a instituição de Centrais de Apoio às Varas de Execução Fiscal na 1ª Região. Os detalhes técnicos foram discutidos ao longo de dois encontros da Reint1, que reuniram especialistas, magistrados e outros membros da Justiça Brasileira.

Principais aspectos da proposta

  • Centrais de apoio instituídas em caráter experimental e facultativo por varas federais que manifestem intenção de aderir ao projeto;
  • Apoio de até três magistrados indicados pela Corregedoria Regional e designados pela Presidência do TRF1;
  • Utilização de ferramentas de automação no âmbito do Processo Judicial Eletrônico (PJe) para identificar processos prescritos e aptos à extinção por pagamento (além de outras modalidades);
  • Normativo referente à criação das centrais de apoio conforme as orientações da nota técnica.

A proposta foi inspirada em um modelo do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) em que uma Central de Apoio gerencia processos suspensos e arquivados. Os juízes do TRF4 utilizam automação para proferimento de despachos e sentenças padronizadas, como a extinção de processos por prescrição ou pagamento.

Quem apresentou o modelo ao TRF1 foi a juíza federal auxiliar da Corregedoria Regional da 4ª Região Graziela Soares, que atua diretamente com a reformulação e a implementação de centrais de apoio às execuções fiscais, destacando-se no desenvolvimento de práticas inovadoras que servem de modelo para outros tribunais.

Em breve, a versão final da nota técnica será divulgada oficialmente.

Entendendo as soluções para a crise da execução fiscal
Os encontros da Rede de Inteligência para debater a situação da execução fiscal no Brasil, especialmente na 1ª Região, aconteceram no mês de novembro.

Os debates contaram com o coordenador da Comissão responsável por estudar a implantação de centrais de apoio para gestão de execuções fiscais suspensas e arquivadas no âmbito da 1ª Região, desembargador federal Roberto Veloso, que destacou a importância de iniciativas conjuntas: “Precisamos unir esforços para modernizar e agilizar nossos processos”.

Além de outros membros do grupo, os encontros também contaram com a presença de especialistas, como a juíza de direito do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) Kate Saboya – que também é juíza auxiliar na Presidência do CNJ e desenvolve trabalho pioneiro na gestão de execuções fiscais no Brasil – e o procurador-geral adjunto da dívida ativa da União e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), João Grognet, especialista em estratégias de cobrança da dívida ativa e na implementação de iniciativas para racionalizar e agilizar a tramitação de execuções fiscais em parceria com o Judiciário.

A coordenação executiva ficou sob a responsabilidade da juíza federal Clara da Mota Santos Pimenta Alves, que lembrou a motivação e o escopo do encontro, o qual deriva de um processo de trabalho liderado pelo desembargador federal Roberto Veloso, a propósito da Portaria CNJ 7/2023, para que o Tribunal estudasse a incorporação das centrais de apoio às varas de execução fiscal.

Entre os destaques, também foram ressaltados os principais avanços nacionais na redução do acervo de execuções fiscais e a necessidade de se firmarem parcerias com conselhos de classe e outras instituições.

Saber conciliar, reduzir o medo e a resistência e promover automação
Durante os debates, o coordenador da Rede de Inteligência da 1ª Região e do Sistema de Conciliação da 1ª Região (SistCon1), desembargador federal Carlos Augusto Pires Brandão, ressaltou a importância de se fortalecerem os esforços de conciliação no âmbito das execuções fiscais e da necessidade de parcerias entre Judiciário e entidades nacionais.

Brandão enfatizou que a conciliação pode ser uma ferramenta poderosa para reduzir a litigiosidade, especialmente para micro e pequenos empresários, que muitas vezes enfrentam dificuldades para acessar a Fazenda Nacional por medo ou falta de informação.

Já o atual coordenador da comissão que estuda a implantação das Centrais de Apoio às Varas de Execução Fiscal reforçou a ideia de que a reunião tinha como objetivo, além da troca de experiências, a elaboração de nota técnica para enfrentar os desafios. Veloso citou a inteligência artificial e a automação de processos como aliados no trabalho colaborativo.

“É fundamental que aprendamos com as boas práticas de outros tribunais, como o TRF4. A troca de experiências e o diálogo nos permitirão implementar soluções que realmente façam a diferença”, afirmou o magistrado, complementando que “a automação e a análise preditiva podem transformar a maneira como lidamos com execuções fiscais. Precisamos de soluções inovadoras, como inteligência artificial, para monitorar prazos, detectar fraudes e otimizar nossas atividades”.

Para Veloso, a automação não é só mais uma opção, é uma necessidade. “Com inteligência artificial e análise preditiva podemos transformar a gestão dos processos e melhorar os resultados para todos os envolvidos”, frisou o desembargador federal.

AL

Assessoria de Comunicação Social
Tribunal Regional Federal da 1ª Região


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