Entre os assuntos sobre os quais falou, mencionou a necessidade de estabelecer fluxos claros, o cuidado necessário para não haver desperdícios daqueles medicamentos que são fornecidos pelo Judiciário e lidar com situações como armazenamento, doses que sobram, entre outras, além do aprimoramento da decisão para não gerar sentenças impossíveis de serem cumpridas – seja pela União, seja pela parte que recebe o valor de determinado medicamento.
Questionários médicos mínimos antes de entrar com a ação também foram sugestões da juíza, que entende que essa condução facilita muito. “É uma coisa triste você ter uma liminar, a pessoa ficar na expectativa que vai receber um medicamento que nunca chega e não chega porque não conseguiu comprar, porque não tem importação, não especificou. Às vezes a pessoa até abandona o tratamento anterior que ela tinha nessa expectativa”, acrescentou, com pesar.
Por fim, última a apresentar, a coordenadora do NATJUS Eliza Cristina Bastos Álvaro abordou os principais obstáculos das decisões que são apresentadas ao Núcleo, principalmente em termos de documentação deficitária.
Essa deficiência se relaciona principalmente com o receituário e um relatório médico com a história clínica do paciente. Para exemplificar, ela apresentou um modelo eficiente da Defensoria Pública de um formulário para responder aos principais questionamentos analisados no NATJUS.
Dados como qual é a doença, quais os tratamentos que a pessoa realizou e se chegou a utilizar algum outro tratamento do SUS são algumas das informações às quais constantemente são solicitadas complementações. “São informações bem simples que muitas vezes evitam de o processo retornar. Informações incompletas ou contraditórias fazem com que o processo seja devolvido”, apontou, citando ainda o prejuízo com expressões e respostas vagas dos profissionais de saúde.
Uma nota técnica, com a participação da desembargadora federal Kátia Balbino, deverá ser apresentada à Reint1 nas próximas semanas.