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07/10/2024 09:43 - INSTITUCIONAL

Semana do Coração: especialista alerta sobre a necessidade de mudança de hábitos para garantir saúde cardíaca

A imagem mostra um slide de apresentação sobre a anatomia do coração humano. À esquerda, há uma ilustração detalhada de um coração humano com veias e artérias visíveis. Acima da imagem, está escrito

Com o tema “Saúde Cardiovascular”, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) promoveu uma live na tarde da última sexta-feira, dia 4 de outubro. A palestra foi conduzida pela cardiologista Nathália Lupatini, que é médica cardiologista pelo Incor/Unb e especialista em Cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, e encerrou a programação da 24ª edição da Semana do Coração.

O evento foi transmitido pela plataforma Microsoft Teams para todo o corpo funcional da Justiça Federal da 1ª Região.

Fatores de risco

A palestrante iniciou o evento enumerando a hipertensão arterial, o diabetes mellitus, a dislipidemia (colesterol elevado), o tabagismo, o sedentarismo, a obesidade e o histórico familiar de doenças cardíacas como os principais fatores de risco de problemas cardiovasculares. Além desses, a cardiologista acrescentou o estresse como um fator que pode levar a problemas cardiovasculares mesmo para pessoas com bons hábitos de vida, peso e taxas adequados.

Nathália explicou que medicamentos para reverter a obesidade contribuem para reduzir esses riscos, mas alertou que introduzir atividade física regular e cuidar da alimentação seguem sendo as opções mais adequadas para o controle do peso e para a prevenção de doenças cardiovasculares.

Sobre a hipertensão arterial, a médica informou que as alterações nos vasos sanguíneos podem começar ainda na infância. Em razão disso, ela orienta que os hábitos saudáveis devem começar desde cedo, e um dos pontos que mais merecem atenção é a redução do consumo de alimentos ultraprocessados, muitas vezes oferecidos às crianças.

A especialista sinalizou, ainda, o risco para o coração do uso da testosterona de forma indiscriminada. Segundo Nathália, “tratamentos hormonais, como o chip da beleza, que prometem ganho de massa muscular e emagrecimento podem influenciar no aumento da pressão arterial, no desenvolvimento de diabetes, entre outras reações indesejáveis”.

Entre as principais doenças cardiovasculares, a médica destacou a doença arterial coronariana (DAC); a insuficiência cardíaca; as arritmias; as cardiomiopatias e as valvulopatias. Nathália explicou que essas doenças impactam na saúde porque reduzem a função cardíaca e a expectativa de vida, além de aumentarem o risco de morte súbita.

De olho na circunferência abdominal

De acordo com a palestrante, a gordura visceral é o que está por trás de circunferências abdominais elevadas, ocasionando inflamação crônica, resistência à insulina, dislipidemia e hipertensão arterial.

Ela explicou que, para as mulheres, circunferências abdominais iguais ou acima de 80 cm são consideradas de risco, e, acima de 88 cm, o risco se torna muito elevado. Para os homens, a especialista afirmou que circunferências iguais ou maiores do que 94 cm indicam aumento do risco metabólico, e, acima de 102 cm, o risco é considerado significativamente elevado.

Infarto: como identificar?

Segundo a médica, o sintoma mais comum de infarto é a dor no peito, mas esse nem sempre se apresenta nas mulheres. Nathália revelou que o infarto em mulheres é mais comum após a menopausa e na velhice, tendo em vista a queda do hormônio estrogênio, entre outros fatores. Nesse caso, a palestrante disse ser necessário investigar o histórico familiar e hábitos de vida para saber se a paciente deve ser classificada como alto risco.

Quando um infarto já está acontecendo, a cardiologista orienta que é necessário manter a calma, ligar para o serviço de emergência (192); observar se o paciente responde quando é chamado; iniciar a Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP), se for verificado que não há pulsação; e, se disponível, utilizar desfibrilador externo automático.

Já durante o atendimento médico, ela recomenda que sejam fornecidas informações claras aos profissionais de saúde e que o paciente seja acompanhado até a chegada do socorro.

Longevidade do coração: como alcançar?

Para Nathália Lupatini, conquistar a longevidade do coração depende do controle dos fatores de risco cardiovascular e da mudança de hábitos. “A escolha de bons hábitos impacta diretamente na redução da incidência de eventos cardíacos e na melhora da qualidade de vida”, disse a médica.

Isso implica em adotar uma alimentação equilibrada (dieta mediterrânea), praticar exercícios físicos regulares (150 minutos semanais), controlar o estresse, evitar tabagismo e consumo excessivo de álcool e monitorar, regularmente, a pressão arterial e os níveis de colesterol.

Nesse contexto, a especialista também ressaltou a importância de realizar, periodicamente, exames preventivos, como Eletrocardiograma (ECG); Ecocardiograma; teste de esforço; exames de sangue (colesterol, glicemia) e monitoramento da pressão arterial.

Semana do Coração no TRF1

Além da palestra sobre saúde cardiovascular, a 24ª Semana do Coração também ofereceu o “Circuito de Saúde Cardiovascular”, com exames de bioimpedância, aferição de pressão arterial, glicemia capilar, orientações sobre alimentação cardioprotetora, entre outras ações. Os serviços foram oferecidos ao corpo funcional do TRF1 e da Seção Judiciária do Distrito Federal no Edifício Sede I, em Brasília/DF.

A Semana do Coração foi realizada pela Coordenadoria de Saúde (Coasa), com o apoio do Setor de Promoção da Qualidade de Vida no Trabalho (Setvid). Destinado a magistradas, magistrados, servidoras, servidores, estagiárias, estagiários, prestadoras e prestadores de serviço, o evento teve o objetivo de conscientizar o corpo funcional sobre riscos cardiovasculares e fomentar a promoção da qualidade de vida no local de trabalho.

AN

Assessoria de Comunicação Social
Tribunal Regional Federal da 1ª Região


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