Por meio de suas imagens, apresenta lugares do Conjunto Penal de Lauro de Freitas, sem necessariamente representar ou identificar as pessoas, a fim de entender o significado daquele espaço, que, de acordo com ela é “mostrar o invisível e instigar interpretações”.

Visitando frequentemente estabelecimentos prisionais e em contato direto com os apenados, a magistrada destaca que “a partir dessa vivência, entendo a fotografia como uma ferramenta para acessar outras camadas de percepção de espaço-tempo e sentimento”.

A juíza retrata cenários em que esteve presente e lhe despertaram reflexões. “A arte do pouco e do simples, das cores e texturas das paredes. Seus riscos, desenhos e mensagens. A roupa laranja e pendurada. O raio de luz que entra, suave, pela pequena janela e ilumina aquele ambiente de uma dureza própria”, define.

Biografia

Jeine Vieira nasceu no Rio de Janeiro e ainda criança se mudou para a Bahia, onde viveu sua adolescência. Formou-se em Direito e no ano de 2000 começou a atuar na área jurídica. Em 2016 iniciou a busca de novas conexões para o ver através de imagens encontrando, nessa linguagem, a forma de se expressar, de falar de cantos e lugares, de ver cores, de contar estórias de ambientes esquecidos, de ver poesia onde, para muitos, não existe.

Informações no Instagram e também no site da juíza Jeine Vieira.

FM