Deve ser priorizada a utilização de linguagem simples em todos os atos e comunicações administrativas e judiciais dos Juízos, Tribunais e Conselhos do Poder Judiciário. Essa é, em resumo, a recomendação n. 144 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), encaminhada a todos os Tribunais do País (com exceção do Supremo Tribunal Federal) por meio de documento publicado e assinado pela ministra Rosa Weber, presidente do CNJ, entre agosto e setembro deste ano.
A recomendação considera, entre outros pontos, que a linguagem é meio para reduzir desigualdades e promover transparência, participação, controle social e acesso aos serviços públicos. Considera também os alarmantes resultados apontados na Pesquisa de Percepção e Avaliação do Poder Judiciário, publicada em 2023: segundo o levantamento, mais de metade das pessoas já deixaram de entrar na justiça por acharem o processo complicado e mais de 40% discordam que a linguagem jurídica é de fácil entendimento.