Uso de inteligência artificial generativa em atividades judiciais
O Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF1) promoveu, entre os dias 21 e 24 de novembro, o primeiro curso de capacitação para assessores de desembargadores federais no âmbito do projeto SINERGIA. A iniciativa, que integra a estratégia do tribunal para implementar o uso de inteligência artificial generativa em atividades judiciais, tem como objetivo aumentar a eficiência e a produtividade dos processos, garantindo o uso ético e técnico adequado dessa tecnologia.
O curso foi ministrado pelos juízes federais Náiber Pontes de Almeida, Rodrigo Gonçalves de Souza e Rafael Lima da Costa, com o apoio do Centro de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento dos Servidores da 1ª Região (CEDAP). Ao todo, 40 assessores participaram da capacitação, divididos em duas turmas de 20 alunos. A programação incluiu noções introdutórias sobre inteligência artificial, além de uma análise detalhada dos riscos associados ao seu uso e estratégias de mitigação.
Durante o treinamento, os participantes também tiveram acesso a uma oficina de engenharia de prompts, técnica que visa otimizar a interação com a inteligência artificial para a obtenção de melhores resultados. Além disso, foram apresentados assistentes virtuais desenvolvidos pelos próprios instrutores, voltados a facilitar a atuação dos servidores, magistrados e desembargadores no TRF1.
Os assistentes virtuais são capazes de auxiliar na extração e organização de dados dos processos judiciais, apontar questões controvertidas e apoiar na redação de minutas. Em todas as etapas, o controle permanece nas mãos do usuário, que supervisiona o processo sem delegar o juízo de valor, mas com ganho significativo de tempo.
Os juízes responsáveis pelo curso indicaram que essa foi a primeira capacitação voltada para assessores de desembargadores, e que o projeto SINERGIA deverá expandir para novas turmas. Além disso, módulos mais avançados estão previstos para aprimorar ainda mais o uso da inteligência artificial no Judiciário, buscando ampliar a eficiência na análise processual.
Assessoria de Comunicação Social
Tribunal Regional Federal da 1ª Região