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28/10/2024 09:43 - INSTITUCIONAL

A alimentação como meio de aliviar os sintomas do climatério e da menopausa foi o tema da 2ª palestra da campanha Outubro Rosa no TRF1

Print de tela de uma mulher de pele clara e cabelos escuros. Ela está olhando para a câmera. Na parte inferior do print, há uma faixa com o texto: “MÉRCIA CUNHA- NUTRICIONISTA CRN-DF 1395”. Ao redor da imagem, é possível ver parte de uma mesa com alguns objetos coloridos, canetas e lápis

A segunda palestra da Campanha Outubro Rosa do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) foi realizada na última sexta-feira, dia 25 de outubro, via aplicativo Teams e transmitida pelo canal do TRF1 no YouTube. O encontro com a nutricionista do Tribunal Mércia Cunha abordou o tema "Estratégias nutricionais para mulheres no climatério e na menopausa".

Mércia Cunha é formada pela Universidade de Brasília (UnB), especialista em nutrição clínica e esportiva funcional, fitoterapia funcional, neurociência, psicologia positiva e mindfulness (tipo de meditação) e tem capacitação em nutrição comportamental pelo Instituto de Nutrição Comportamental (INC).

Segundo a nutricionista, o climatério é uma fase de transição entre o período reprodutivo para o não reprodutivo da mulher, que se estende dos 40 aos 65 anos de idade. Inclui a perimenopausa, a menopausa e a pós-menopausa e os seus sintomas podem surgir até 10 anos antes da menopausa.

Já a perimenopausa inclui o período desde o início das alterações menstruais e/ou sintomas menopausais, incluindo os últimos 12 meses de ausência de menstruação, que é a menopausa. Esta, por sua vez, é a última menstruação espontânea da vida da mulher, firmada pela ausência de ciclos menstruais em um período de 12 meses, ocorre geralmente entre os 45 e 55 anos e marca o fim da idade reprodutiva da mulher.

“A menopausa é o momento de nos priorizarmos”, explicou Mércia. De acordo com a nutricionista, mesmo durante o climatério e a menopausa é possível que a mulher ganhe massa muscular e mantenha a qualidade de vida. Nesse contexto, ela explicou que os principais hormônios atuantes são o estrogênio (predominantemente feminino) e a progesterona, que vão diminuindo gradualmente, levando a uma série de sintomas e alterações no corpo como a baixa libido, menor ganho muscular, cansaço, memória comprometida, ganho de gordura corporal, entre outros.

Climatério, menopausa e hormônios

Esse declínio hormonal, explicou Mércia, começa acontecer por volta dos 30 anos, porém ainda não é identificável nos exames de sangue, mas já é perceptível para a mulher. “Então quando a mulher começa a apresentar algum sintoma de declínio hormonal e ela faz exames de sangue e eles mostram que está tudo bem, às vezes já não está tudo tão bem assim”.

Esses sintomas podem incluir fadiga, desorganização mental, insônia, ansiedade, aumento da pressão arterial, resistência à insulina, dores pelo corpo, alterações digestivas (refluxo, constipação, indigestão), infecção urinária de repetição, unhas fracas e quebradiças, quedas de cabelo e aumento da porosidade, irritabilidade, depressão, diminuição da libido, secura vaginal, perda acentuada da concentração e memória, ganho de peso, aumento da pressão arterial, do colesterol e triglicerídeos, redução da massa muscular (sarcopenia), fogachos, entre outros.

Já as principais alterações hormonais que são perceptíveis nos exames laboratoriais são o aumento do FSH (Hormônio Folículo-Estimulante) e do LH (Hormônio Luteinizante), além da diminuição do Estradiol e da Progesterona.

A alimentação como aliada para tratar os sintomas do climatério e da menopausa

Entre as maneiras de tratar os sintomas do Climatério e da Menopausa, Mércia falou que mesmo em pessoas que já tiveram câncer (levando em conta o acompanhamento e a avaliação de um profissional qualificado), a Terapia Hormonal é o tratamento mais indicado.

Nesse contexto, a Terapia Hormonal tem de vir acompanhada de mudanças na alimentação (com a inclusão de suplementos de nutrientes e compostos bioativos, fibras e probióticos – bactérias que fazem bem ao intestino), da prática de exercícios físicos e uso de fitoterápicos.

Já sobre a alimentação que é mais indicada durante os períodos do climatério e da menopausa, a nutricionista falou que os alimentos ricos em Cálcio, Magnésio, Zinco e Vitamina D são essenciais. Assim como laticínios (leite, queijo, iogurte), avaliando as possíveis hipersensibilidades alimentares e as alterações digestivas; os vegetais de folhas verdes escuras como couve e brócolis; tofu e proteínas magras de peixes como sardinha e salmão, frango, leguminosas (feijão e lentilha) e ovos; além de sementes e alimentos integrais e consumo de chás.

Sobre a Menopausa, Mércia, parafraseando o filósofo Baruch Spinoza, concluiu: “Não rir, nem se lamentar, nem odiar, mas compreender”.

Ao fim da palestra, a nutricionista respondeu às dúvidas dos participantes.

A terceira e última palestra da Campanha Outubro Rosa será na terça-feira, 29 de outubro, às 15h, com o médico Breno Pitangui. Formado pela Universidade Federal de Juiz de Fora/MG, ele vai trazer o tema “Menopausa e terapia de reposição hormonal”; hormônios sintéticos x bioidênticos; reposição hormonal: mitos, verdades e contraindicações, além da relação entre reposição hormonal x câncer de mama.

O evento, voltado às magistradas, servidoras, terceirizadas e estagiárias de toda a 1ª Região, é promovido pelo Setor de Promoção da Qualidade de Vida no Trabalho (Setvid) do TRF1.

RF

Assessoria de Comunicação Social
Tribunal Regional Federal da 1ª Região


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