Pare tudo e respire! Essa foi a mensagem passada pela oficina “A cura pela respiração: O poder da respiração no gerenciamento da saúde mental e emocional”, promovida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), na quinta-feira, dia 26 de setembro.
Como parte da programação do projeto “Além do setembro amarelo”, o evento foi conduzido pela instrutora de Ioga Marília Mello e contou com mais de 120 participantes. Na ocasião, Marília contou sobre suas experiências com crises de pânico e depressão e explicou como a Ioga e a respiração consciente ajudaram a lidar com esses problemas.
Consequências da respiração não adequada
Marília Mello introduziu o assunto alertando que a tensão da rotina afeta diretamente a qualidade da respiração, pois “o estresse crônico ativa o nosso sistema nervoso simpático, que é responsável pela luta ou fuga (...) e isso traz uma respiração disfuncional, superficial e rápida”.
A palestrante explicou que a respiração disfuncional (não adequada) é bucal, rápida e audível (com som), porque utiliza a parte alta do tórax. Respirar dessa maneira pode levar à eliminação de mais gás carbônico do que o indicado e “a consequência dessa respiração ineficiente é pressão alta, dores na coluna, tontura, ansiedade, problemas gástricos e digestivos, síndrome do pânico, fadiga e constipação. Tudo isso pode ser causado pela respiração ineficiente”, enfatiza Marília.
Ao falar sobre a necessidade de respirar bem para satisfazer as necessidades celulares, a instrutora afirmou que “a respiração superficial não fornece oxigênio suficiente para nossas células porque não alcança o fundo dos pulmões. Assim, não tem energia suficiente para nossas células, para os nossos tecidos, para os nossos órgãos e, principalmente, para o nosso cérebro”.
Marília destacou, ainda, que a respiração rápida perturba o equilíbrio dos pulmões, uma vez que, com o excesso de eliminação de gás carbônico, o pulmão torna-se mais sensível e menos tolerante ao gás, causando contrações das veias e menos fluxo de oxigênio no cérebro.
A importância da respiração consciente
Segundo a palestrante, respiração consciente é o ato de controlar os movimentos de inspiração e espiração, a profundidade e o ritmo. Isso leva à melhora da respiração e ao aumento da imunidade e da capacidade respiratória, além da redução da pressão arterial.
A instrutora de respiração seguiu a palestra apresentando diversos estudos que mostram como a respiração pode ser um complemento ao tratamento da depressão e ansiedade, melhorando os sintomas e qualidade do sono e auxiliando no foco. Além disso, ela ensinou técnicas de respiração.
“O sistema nervoso parassimpático é o nosso freio. A gente perdeu essa conexão, ficamos sempre ligados, em alerta o tempo todo, e não conseguimos mais apertar o freio. E esse freio ocorre pela respiração e outros hábitos saudáveis”, destacou Marília.
Como respirar corretamente?
Segundo a palestrante, a respiração correta deve ser lenta, silenciosa, suave, nasal e diafragmática. “Nosso corpo é perfeito, mas você precisa dar condições para que ele funcione corretamente”, finalizou Marília.
ME/LS
Assessoria de Comunicação Social
Tribunal Regional Federal da 1ª Região