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30/10/2024 17:22 - Matérias Especiais

Concurso do TRF1: servidoras e servidores contam como é trabalhar no Tribunal

A imagem mostra um grupo de pessoas em pé em círculo, vistas de baixo para cima. Elas estão sorrindo e cada uma está com o polegar levantado, apontando para o centro do círculo. As pessoas parecem estar em um ambiente urbano, e o céu está claro ao fundo. A imagem transmite uma sensação de união e positividade.

Reprodução/Freepik

Está em andamento o 8º Concurso Público para os cargos de técnico e analista judiciários do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). Com 17 vagas e formação de cadastro reserva para os cargos, as provas ocorreram no dia 29 de setembro e tiveram mais de 86 mil inscritos.

Motivações como salário, benefícios e estabilidade são comuns no mundo dos concursos, mas também é habitual a curiosidade sobre qual é a opinião de quem trabalha no órgão e como essas pessoas se sentem em relação ao ambiente profissional.

O Tribunal preparou essa reportagem especialmente para você, concurseiro, que tem o sonho de contribuir com a prestação jurisdicional e está prestes a realizá-lo na 1ª Região.


Conheça o TRF1

Com sede em Brasília/DF, a jurisdição do TRF1 inclui o Distrito Federal e os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins. É o maior dos TRFs, com abrangência de 73,4% do território nacional.

São quase 1,7 mil municípios atendidos e mais de 58 milhões de brasileiros que podem contar com a Justiça Federal da 1ª Região para assegurar seus direitos. E, para atender a esse público, o órgão conta com 13 Seções Judiciárias instaladas nas capitais, 54 Subseções Judiciárias, três Unidades Avançadas de Atendimento (UAA) e uma Câmara Regional Previdenciária (CRP).

Crédito: Relatório de gestão/TRF1

Há também a justiça itinerante, com a realização de audiências e outras funções da atividade jurisdicional em regiões de difícil acesso, com o objetivo de garantir o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.


Propósito, estrutura e organização

A Justiça Federal da 1ª Região processa e julga:

⚖️ Processos em que a União, autarquias ou empresas públicas federais forem interessadas;

⚖️ Causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País;

⚖️ Causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo internacional;

⚖️ Casos de grave violação de direitos humanos;

⚖️ Disputa sobre direitos indígenas;

⚖️ Causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização;

⚖️ Mandados de segurança e habeas data contra ato de autoridade federal, exceto competência dos tribunais federais;

⚖️ Habeas corpus, em matéria criminal de sua competência ou quando o constrangimento provier de autoridade;

⚖️ Crimes políticos e infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União;

⚖️ Crimes previstos em tratado ou convenção internacional, em determinados casos;

⚖️ Crimes contra a organização do trabalho e, por vezes, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira;

⚖️ Crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves (exceto os que cabem à Justiça Militar);

⚖️ Crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro;

⚖️ Execução de carta rogatória, após o “exequátur”, e de sentença estrangeira, após a homologação.


Além disso, em 2º grau de jurisdição, o TRF1 processa e julga originariamente (primeira análise da causa):

⚖️ Revisões criminais e ações rescisórias de julgados seus ou dos juízes federais da Região;

⚖️ Mandados de segurança e habeas data contra ato do próprio Tribunal ou de juiz federal;

⚖️ Habeas corpus, quando a autoridade coatora for juiz federal;

⚖️ Conflitos de competência entre juízes federais vinculados ao Tribunal;

⚖️ Crimes comuns e de responsabilidade que possam ter sido cometidos por juízes federais, incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do Trabalho e os membros do Ministério Público da União (MPU).

Diante dessa dimensão continental, o TRF1 adota um modelo de gestão organizacional de estrutura funcional com unidades organizadas em departamentos baseados em funções, como a judicial, a administrativa, a tecnológica, a comunicação, a segurança, o serviço médico, entre outras. Cada um desses departamentos é responsável por atividades específicas que contribuem para o objetivo geral de administrar o Tribunal.

Atualmente, a Corte conta com 43 desembargadores federais e 345 juízes e juízas federais (titulares e substitutos), além de uma equipe com 6,7 mil servidores e servidoras (4,9 mil atuando na área judiciária e 1,8 mil na área administrativa), 3,9 mil profissionais terceirizados e 1,6 mil estagiários de diversas áreas de formação.




Como é trabalhar no TRF1?

Alexander Souza Procópio é servidor no TRF1 e ingressou para o quadro do Tribunal no último concurso, em 2017. Formado em Direito, chegou a estagiar no TRF1 entre 2006 e 2007, no Gabinete da desembargadora federal Maria do Carmo Cardoso, e retornou, cerca de 10 anos depois, ao cargo de técnico judiciário, integrando a equipe do Gabinete da desembargadora federal Kátia Balbino.

Para Alexander, toda a bagagem adquirida durante o estágio no TRF1 e o período trabalhado em outros órgãos públicos o ajudaram a ser um servidor melhor. “Tenho esse órgão em meu coração, pois foi um dos lugares mais bacanas por onde passei. Tive a felicidade de ingressar no TRF1 junto com meu irmão, uma alegria enorme para toda a família”, conta.

O servidor relata que, ao tomar posse, encontrou um ambiente excelente de trabalho. “Encontrei no Tribunal inúmeras oportunidades de crescimento e de obtenção de função. Aqui possuímos vários benefícios, como o plano de saúde, que é excelente, e temos atendimento interno de fisioterapia, psicologia, odontologia, nutricional, entre outros”.

Alexander ressalta, também, a importância dos constantes treinamentos que são oferecidos aos servidores. “Fui super bem recebido aqui e aprendo coisas novas constantemente”. Para ele, “é perceptível o cuidado que o Tribunal dispensa aos seus servidores. Retornar a essa casa foi uma das escolhas mais acertadas que pude fazer”.

Já Vanessa Rodrigues Barbosa Siqueira é servidora da Justiça Federal da 1ª Região desde 2005. Iniciou sua prestação de serviços públicos na Seção Judiciária do Distrito Federal (SJDF) e, em 2010, foi para o Tribunal (2ª instância), onde atua na função de supervisora da Seção de Ações Educacionais Presenciais (Sedup).

A servidora conta que, desde que começou sua trajetória no TRF1, teve o privilégio de trabalhar na Secretaria de Gestão de Pessoas (SecGP). “Já trabalhei na área da qualidade de vida, mas a minha carreira está solidificada na área do desenvolvimento profissional e educacional. Adoro o que faço, pois encontro propósito e sentido nas atividades que executo. Tenho consciência de que meu trabalho tem contribuição direta para uma melhor prestação jurisdicional e isso é muito gratificante para mim”, declara.

E destaca: “Por conta das atividades desempenhadas, tenho a oportunidade de conhecer diversas pessoas, de várias unidades e entender um pouco a dinâmica do trabalho delas, o que me permite ter uma visão mais ampla da importância das entregas de nosso Tribunal”.

Sobre o local em que trabalha, afirma: “temos um ambiente interno fantástico em que somos ouvidos e nossas sugestões e opiniões são valorizadas e incentivadas. A valorização das relações socioprofissionais é importante para mim, por isso, sinto-me feliz onde estou, fazendo o que faço e ao lado das pessoas que me cercam”.


Inclusão, bem estar e crescimento profissional como prioridades

Em 2024, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, juntamente com os demais TRFs, celebrou 35 anos de história – que foi e continua sendo construída por magistradas, magistrados, servidoras, servidores – como Vanessa e Alexander – e várias outras colaboradoras e colaboradores.

Durante esse tempo, o TRF1 desenvolveu e desenvolve ações destinadas à proteção e à promoção da inclusão, da dignidade da pessoa humana e do respeito à diversidade de gênero, racial, étnica, cultural e religiosa – a exemplo da criação da Comissão TRF1 Mulheres, do Comitê de Equidade Racial e da Comissão de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio Moral, Assédio Sexual e Discriminação.

Essas iniciativas buscam semear, na atualidade, o TRF1 que enfrenta os desafios de implementar um ambiente inclusivo, seguro e justo, onde as pessoas se sintam parte de uma organização que zela pelos seus direitos e que está alinhada ao modelo de sociedade que se almeja no futuro.

O bem-estar do corpo funcional no ambiente de trabalho é uma prioridade por aqui. Visando garantir a qualidade de vida no trabalho, o TRF1 promove ações para proporcionar a todos um ambiente profissional hígido e positivo.

Por meio de unidades como a Coordenação de Assistência à Saúde (Coasa) e o Setor de Promoção da Qualidade de Vida no Trabalho (Setvid), entre outras, a promoção de saúde e bem-estar estão sempre em destaque mediante eventos, palestras, campanhas de conscientização, canais de denúncias etc. A exemplo disso, existem os eventos periódicos Cuidando do Cuidador, que auxilia pessoas com a complexa rotina de quem precisa cuidar de algum ente acamado, e Programa Bem-Estar Produtivo, que objetiva a saúde física e mental do corpo funcional para viver e trabalhar melhor.

Além do cuidado com o crescimento pessoal, há também o investimento em crescimento profissional. Servidoras e servidores do TRF1 passam por constantes treinamentos, cursos, palestras e workshops, com o intuito de que se aperfeiçoem cada vez mais e, atualizados, possam lidar com a evolução do conhecimento e das novas tecnologias, contribuindo como patrimônio intelectual a serviço do TRF1.

Galeria CARROSSEL

Mensagem do presidente do TRF1

Aos futuros nomeados a serem parte dessa história, o presidente do TRF1, desembargador federal João Batista Moreira, deseja as boas-vindas e manifesta o desejo de que todos possam, “ao mesmo tempo em que contribuem para que se concretize o propósito do TRF1, cresçam, aprimorem-se e realizem seus projetos”.

Que os novos empossados sejam muito bem-vindos à Justiça Federal da 1ª Região, onde a garantia dos direitos de quem mais necessita é colocada em prática dia após dia.


Andreza Nunes

Assessoria de Comunicação Social

Tribunal Regional Federal da 1ª Região


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