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20/12/2024 12:44 - Matérias Especiais

Estratégia e avanço: passo a passo rumo ao cumprimento da missão institucional da Justiça Federal da 1ª Região

Ilustração central de uma figura feminina estilizada, representação da Justiça, segurando uma balança em uma mão e uma espada na outra. Atrás da cabeça da representação, é possível reconhecer o desenho de um só. Ela está cercada por um padrão de arcos coloridos em azul, verde, vermelho e amarelo (as cores dos índices das metas estratégicas). No canto superior esquerdo, há um logotipo composto por formas geométricas nas cores azul, verde e cinza, ao lado de um gráfico de linha com pontos coloridos – o logotipo da Justiça Federal. No lado direito da imagem, está o texto

A Justiça Federal da 1ª Região concluiu, em 2024, mais da metade do caminho para fechar o ciclo estratégico dos anos 2021-2026. Nesta corrida rumo a uma prestação jurisdicional acessível, rápida e efetiva, o Tribunal encerra mais um ano no empenho para consolidar a 1ª Região como exemplo de efetividade e transparência entre os tribunais do País.

Durante a última reunião de avaliação da estratégia no ano de 2024, que aconteceu no dia 11 de dezembro, a estrategista da 1ª Região e diretora da Secretaria de Governança e Gestão Estratégica (Secge), Maria Aparecida de Sousa Mendes, afirmou que o Tribunal sempre busca se superar no cumprimento das metas, principalmente por meio do desenvolvimento de iniciativas estratégicas e gerenciamento de processos de trabalho críticos. “Hoje, nós temos 72% dos nossos objetivos estratégicos cumpridos e temos até 2026 para chegar a 100%”, reforçou a servidora.

Gestora das metas no 2º Grau, a atual vice-presidente do Tribunal, desembargadora federal Gilda Sigmaringa Seixas, avaliou que, neste ano, um dos destaques foi a considerável mudança de atitude dos julgadores na medida em que foram sendo aplicados e considerados os objetivos estratégicos, chegando a resultados que ela considerou “brilhantes”.

Por exemplo, dos 43 gabinetes de desembargador federal no 2º grau, a maioria, mais de 90%, obteve resultados favoráveis após o esforço concentrado para aliviar a Meta 2 “A” (processos pendentes até 2010). Os pouquíssimos que não obtiveram um resultado tão positivo, segundo a vice-presidente do TRF1, enfrentaram desafios mais agudos envolvendo mudanças e questões estruturais. “Todos se empenharam muito, e esse é o resultado de um esforço muito grande da Administração”, afirmou a desembargadora Gilda Sigmaringa Seixas.

Fotografia de alguns avanços

Alta produtividade

A atualização do painel de monitoramento do alcance das metas da Justiça Federal da 1ª Região no dia 13 de dezembro mostrou 114,21% de cumprimento da Meta 1 (julgar quantidade maior de processos de conhecimento do que os distribuídos no ano corrente). A taxa de congestionamento ficou abaixo de 50% (44,27%).

O balanço foi este: entraram na 1ª Região 1.473.745 processos, mas saíram 1.640.344.

  • No 1º grau, a meta foi cumprida em 110,88%. Mais de 1,4 milhões de processos julgados acima das 1,3 milhões de entradas na 1ª Região. Já a taxa de congestionamento ficou bem abaixo de 50% (38,87%).

  • Já no 2º grau, a porcentagem de alcance da meta ficou 50% acima do esperado (156,50%). Foram mais de 220 mil processos julgados, sendo que entraram no 2º grau mais de 173 mil ações.

Aumento no combate a crimes contra a administração pública

Outro percentual relevante neste ano estratégico foi o da Meta 4 (identificar e julgar, até o fim do ano corrente, 70% das ações de improbidade administrativa e das ações penais relacionadas a crimes contra a administração pública distribuídas até 31/12/2021). A 1ª Região superou a marca esperada e alcançou 113,61% de cumprimento da meta.

Até 2021, haviam sido distribuídos 13 mil processos. Foram julgados, até então, 18,1 mil ações desta meta.

  • No 1º grau, o cumprimento foi de 103,13% – 9.438 processos julgados em relação aos 8.268 distribuídos até 2021 (mais de um mil processos além dos distribuídos).

  • No 2º grau, o cumprimento foi de 129,65% – mais de 8,7 mil processos julgados em relação a pouco menos de 5 mil processos distribuídos.

Mais celeridade nos julgamentos

Com 181,61% de cumprimento da Meta 5 (reduzir em 0,5 ponto percentual a taxa de congestionamento líquida, exceto execuções fiscais, em relação ao ano anterior), a Justiça Federal da 1ª Região continua em busca de uma atuação mais célere.

  • O melhor resultado no 1º grau foi durante o mês de maio, quando a saída foi de 236.603, quase vinte mil processos a mais que a entrada no mesmo mês.

  • No 2º grau, o melhor mês foi novembro: 32.225 mil processos julgados, e 24.455 entradas.

Tribunal da Sustentabilidade

Identificar e julgar, até o ano corrente, 20% dos processos que tenham por objeto matéria ambiental distribuídos até o início do ano corrente.

No Tribunal, que abarca 12 estados do País e o Distrito Federal, abrangendo os principais biomas do país, o TRF1 teve 172,51% de cumprimento da Meta 10.

  • 1º grau: 479 saídas

  • 2º grau: 204 saídas


RELEMBRE ALGUMAS DECISÕES DE 2024 DO TRF1 PELO MEIO AMBIENTE

1. No mês de janeiro, a 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região decidiu que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tinha razão ao exigir a condenação de uma empresa ao pagamento de indenização por danos morais coletivos após terem sido descobertas atividades ilegais de comercialização de pescado. O crime envolvia a captura ilegal de tubarões para vender as barbatanas.


2. Em abril, o TRF1 reafirmou o entendimento segundo o qual a responsabilidade dos danos ambientais é objetiva, ligada aos bens afetados. Nesse sentido, a Corte acolheu uma apelação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para reformar que a sentença que havia anulado a Certidão de Dívida Ativa de um dono de imóvel rural que adquiriu o local já com um passivo ambiental.


3. Já em junho, o Tribunal validou a conversão de multa por danos ambientais em prestação de serviços ambientais sob o entendimento de que “a adoção da pena de prestação de serviços em prol do meio ambiente, além de desempenhar função pedagógica, formando uma consciência socioambiental, poderá surtir o efeito preventivo pedagógico desejado pela responsabilidade administrativa ambiental”.


4. Em novembro, o TRF1 manteve a multa aplicada contra um homem que construiu em Área de Preservação Permanente, às margens do lago da Usina Hidrelétrica Lajeado, em Palmas/TO, sem a devida licença ambiental.

Em defesa das crianças

Com relação à meta que determina identificar e julgar 100% dos casos de sequestro internacional de crianças distribuídos até o início do ano corrente (Meta 11), em cada uma das instâncias, o Tribunal bateu a meta e garantiu sete decisões no âmbito do TRF1 e duas sentenças no 1º grau.

Para continuar a avançar, metas a cuidar

Lidando com os casos mais antigos

Um dos grandes desafios enfrentados pela Justiça Federal da 1ª Região neste ano de 2024 foi a gestão da Meta 2, cuja melhora foi possível graças a esforço conjunto para alcançar resultados expressivos.

A atual diretora da Divisão de Planejamento e Monitoramento da Estratégia do TRF1 (Diple), Maria Carolina Ribeiro, destacou alguns dos desafios que tem observado ao longo desses anos de monitoramento da estratégia.

Para ela, uma das maiores dificuldades de lidar com processos mais antigos e de alta complexidade é justamente o fato de que muitas vezes consomem tempo e recursos de forma desproporcional - enquanto servidores e juízes se concentram em casos específicos, novos processos continuam chegando, o que aumenta o estoque de processos não resolvidos.

A ampla possibilidade de recursos e embargos prevista na legislação também contribui para a lentidão no julgamento dos processos, segundo Maria Carolina. Apesar das reformas implementadas desde 2004, ainda há espaço para outras melhorias significativas na forma como a legislação brasileira encara os processos judiciais.

Por fim, o desafio de quase todo o Judiciário brasileiro: poucos servidores para lidar com a alta demanda. “Mesmo aumentando o número de funcionários, a aprovação de sentenças ainda dependeria da capacidade limitada dos magistrados”, considerou Maria Carolina Ribeiro.

Focar as conciliações

Com um índice excepcional de conciliações no 1º grau, a 1ª Região ainda trabalha para aumentar o alcance de conciliações no 2º Grau.

Durante o último encontro do Comitê Gestor da Estratégia, em dezembro, a vice-presidente do TRF1, Gilda Sigmaringa Seixas, destacou como a conciliação pode ser a base de melhora em geral no Judiciário e recomendou estimular principalmente a conciliação nos Juizados Especiais Federais e nas varas para que cada vez menos processos subam também para o 2º grau. “A conciliação processual é, sem dúvida, um dos prontos estratégicos”, sublinhou a magistrada.

Soluções estratégicas

  • A centralização de sistemas e a digitalização de processos ajudaram a melhorar a eficiência, eliminando o uso de múltiplos sistemas e processos físicos, fundamental para enfrentar o acúmulo de processos;

  • O desenvolvimento de relatórios e a inclusão de novas ferramentas, como o sistema “e-Gerir”, estão melhorando o acompanhamento e a avaliação do desempenho estratégico – o avanço no uso dessa ferramenta (foram capacitados mais 300 colaboradores no último ano) e a consolidação das iniciativas estratégicas podem ajudar, ainda mais, nos resultados;

  • Selo Estratégia em Ação: prêmio interno que incentiva as unidades a cumprirem as metas, motivando maior engajamento nos objetivos.


Ana Luiza Nogueira

Assessoria de Comunicação Social
Tribunal Regional Federal da 1ª Região



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